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Quem visitar o Instagram do @filethegolden se divertirá com as mais recentes postagens do golden retriever, de dois anos, retratando suas aventuras no litoral gaúcho. Nas paisagens de Capão da Canoa e Arroio do Sal, Filé posa para as fotos da dona, a publicitária Janaína Menegol, de 27 anos. Ela leva o pet para a praia desde que ele tinha apenas seis meses, e é lá que ele experimenta a mais genuína sensação de liberdade, enquanto se diverte correndo entre as dunas de areia e pulando em meio às ondas do mar. “Ele adora!”, conta Janaína, administradora do perfil de Instagram do Filé, que tem quase 20 mil seguidores.

Ela costuma levar o cachorro para a beira da praia nos horários de menor circulação de pessoas na orla: no início e no final do dia. Assim, evita incômodos com outros veranistas, que podem não gostar da presença do cão na areia. Nesse sentido, também protege-o do sol forte que irradia entre esses períodos. “Os pets são mais sensíveis ao calor, podendo ficar desidratados e com queimaduras nas patinhas”, explica. Ela conta que, nos três verões em que levou Filé à praia, nunca teve conflitos com outras pessoas: a maioria, inclusive, parece gostar da presença dele por lá. Mesmo assim, ela torce para que num futuro breve as praias gaúchas sigam o exemplo das cariocas, que possuem faixas de areia para uso dos cães. “Quando a campanha #vaitercachorronapraiasim começou a surgir no Rio de Janeiro, apoiei. Torço para que, em algum momento, haja essa conscientização em todo o Litoral Gaúcho e brasileiro, para que possamos ter tranquilidade e segurança para passear com nossos pets, também nesse contexto”, sugere.  

A hashtag #vaitercachorronapraiasim se popularizou nas redes sociais após um projeto que cria faixas de areia nas praias cariocas, específicas para circulação de cães. A pauta foi aprovada pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Os pets podem frequentar esses espaços, desde que estejam vacinados e vermifugados, com o uso de coleira e acompanhados de um responsável, que deve recolher os dejetos deixados na areia. A fiscalização será feita pela prefeitura. Todas as regras de circulação dos pets nas faixas de areia cariocas foram criadas após um grupo de profissionais ter sido ouvido (entre eles, veterinários, ecologistas, parasitologistas, infectologista, biólogos, dermatologistas, terapeutas comportamentais caninos e advogados). O respeito é a palavra-chave do projeto, que define que cães podem usufruir do espaço público da praia, desde que no local determinado para eles, sob a  supervisão e responsabilidade de seus donos.

Diferentemente do Rio de Janeiro, o Rio Grande do Sul não possui faixas de areia para pets. Em várias praias, há placas de “Proibido Cães”. Como não há uma lei federal que estabeleça a admissão de cachorros na areia, a definição é feita por cada município. Entretanto, mesmo nas que possuem as placas, é rara a aplicação de uma multa. Enquanto a ideia de faixas específicas de areia para os pets não entra em vigor também em nossas praias, vale lembrar que o importante é o bom senso do dono. Se decidir levá-lo à beira do mar, é fundamental ter os exames e vacinas em dia, recolher os dejetos do cão e mantê-lo sob vigilância para que não atrapalhe ou ameace outros banhistas. Deixe seu cachorro perto de você ou na guia. Com educação e limites, a socialização dos cães na praia pode ser muito benéfica para todos, especialmente para “os peludos”.