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28/03/2020

Um Novo Olhar Sobre o Sistema Familiar de Espécies Diferentes

“Pets somatizam doenças; o pet adoece antes do tutor ou tem a mesma patologia. Olhar para essa relação é minha especialidade” (Janaína de Souza)

"Os tratamentos que ofereço hoje fazem parte de uma medicina futurista e integrativa que busca proporcionar ao corpo a capacidade de se curar" (Janaína de Souza) "O pet adoece antes do tutor ou o pet tem a mesma doença do tutor. Olhar para este novo sistema familiar de espécies diferentes é um dos meus principais diferenciai" (Janaína de Souza) "Diante de tanta alimentação prejudicial (temos no mercado rações que só servem para intoxicar as células em vez de nutri-las) estas células começam a ficar &quotbagunçadas", a &quotpassar fome", e perdem suas estruturas" (Janaína de Souza)

“Estamos interligados”, afirma a médica veterinária Janaína de Souza (formada em 2014 pela Universidade de Cruz Alta e pós-graduada em clínica cirúrgica) que, a cada dia, descobre-se mais encantada a respeito da relação humana com os pets. Assim, ela percebeu que na natureza estão importantes remédios e colhe o melhor que cada alternativa oferece. Em 2018, Janaína fez curso sobre alimentação natural com o Dr. Luis Fernando de Moraes, grande autoridade no assunto, e, a partir daí, ingressou no que chama de “Mundo Natural”, se habilitando a proporcionar também terapias como radiestesia, thetahealing, biomagnetismo, nutrologia funcional para felinos, nutracêuticos injetáveis e ayurveda pet.

“Conhecer as infinitas possibilidades de tratamento nos abre a mente para investir nos caminhos da cura. A união entre as medicinas é o melhor caminho”, ensina ela, que segue fazendo cursos e aprimorando-se na medicina veterinária de ponta, inclusive na aplicação de células troncos. Na entrevista a seguir você vai conhecer mais sobre esta pessoa rara e cativante que trabalha de forma incessante a serviço da vida, do bem-estar dos pets e de seus tutores.

 

Que terapias você usa em seu dia a dia?

A principal é a utilização de nutracêuticos, os nutrientes encontrados em alimentos e que têm ação farmacêutica. Por exemplo, a curcumina, encontrada na cúrcuma tem ação anti-inflamatória. A nutracêutica tem por objetivo desintoxicar os pacientes, além de modular os processos inflamatórios, que são as doenças, devolvendo ao corpo a vontade de se curar.

 

E além dos nutracêuticos?

A alimentação natural, e também a homeopatia, florais quânticos e thetahealing, uma terapia que proporciona a cura energética do paciente. Os tratamentos que ofereço hoje fazem parte de uma medicina futurista e integrativa que busca proporcionar ao corpo a capacidade de se curar. Estas terapias são muito utilizadas no Oriente, e também nas nossas principais capitais. Tenho orgulho de ser pioneira na Serra Gaúcha na integração destes tratamentos, além de tratar tutores com terapias energéticas.

 

De que forma a nutracêutica atua para melhorar a qualidade de vida dos pets?

O que acontece: precisamos nos alimentar para trabalhar, praticar exercícios, etc. E isso não é diferente com as nossas células, mas, diante de tanta alimentação prejudicial (temos no mercado rações que só servem para intoxicar as células em vez de nutri-las) estas células começam a ficar “bagunçadas”, a “passar fome”, e perdem suas estruturas. Ao mesmo tempo, mediadores químicos nocivos são liberados no corpo.

 

Você pode detalhar este assunto?

O objetivo da nutracêutica é nutrir a célula, limpá-la e neutralizar estes mediadores químicos. Isto possibilita que a célula volte a ter saúde. Hoje eu entendo o quanto certas medicações, antipulgas e vermífugos são prejudiciais. Nosso objetivo é modificar isto, reeducar tutores, reduzir a intoxicação do pet e devolver a eles a verdadeira saúde.

 

De que forma você escolhe o método para cada paciente?

Conforme a gravidade e histórico da doença. Respeito muito o tutor, alguns tratamentos têm um valor elevado e nem todos conseguem arcar, mas o que considero melhor é dar opções, e fornecer qualidade de vida e bem-estar. Tenho orgulho também dos tratamentos paliativos aos que estão em estado terminal. Juntos, com muito amor, eu e o tutor no unimos naquele momento de despedida.

 

Qual das terapias, em particular, se destaca em relação às demais?

Com certeza os florais quânticos. Os pacientes respondem mais rápido em comparação aos que não os utilizam. E tem ajudado muito quando consigo, junto com o paciente, proporcionar o tratamento à família toda.

 

Por que você optou por tratamentos alternativos à medicina veterinária tradicional?

Não entender o motivo pelo qual, diante de tanta tecnologia, medicações e laboratórios, muitas doenças não têm cura - sendo a principal o câncer. Ou pior, perder pacientes que tomavam diversas medicações. Hoje percebo o verdadeiro significado da expressão “menos é mais”. As únicas coisas que nunca podem faltar são amor e alegria. Muito tempo atrás eu sofria ao olhar para o tutor e dizer que não havia mais o que fazer. Hoje posso dizer que podemos proporcionar alívio de dor com terapias naturais, ou podemos fazer mais por nosso paciente.

 

Há quanto tempo você trabalha com medicina veterinária funcional e que avaliação faz dos resultados?

Ainda é recente, mas sou muito grata por ter conhecido esta nova medicina que proporciona a muitos pacientes a oportunidade de um tratamento diferenciado, muitas vezes aumentando a qualidade e a expectativa de vida. Para os pacientes terminais, nos conforta saber que conseguimos proporcionar amor e conforto.

 

Que novidades têm surgido neste campo e quais as perspectivas?

Todos os anos surgem novos tratamentos, novos nutracêuticos. A minha principal perspectiva incorpora uma nova compreensão do conceito de saúde, pois trabalhar com medicina preventiva ainda é o melhor caminho. Também é gratificante saber que muitos tutores estão procurando esta alternativa.

 

É correto afirmar que o pet pode ficar doente se o tutor não estiver bem? 

Sim, é correto, por serem seres sensíveis, assim como os bebês e as crianças, os campos morfogenético e eletromagnético acabam afetados por emoções e sentimentos de baixa vibração. Os pets acabam somatizando a doença. Temos aí duas situações: o pet adoece antes do tutor ou o pet tem a mesma doença do tutor. Olhar para este novo sistema familiar de espécies diferentes é um dos meus principais diferenciais.

 

O que você oferece para tratar estes problemas?

Ofereço aos tutores a possibilidade de thetahealing ou terapia de barras de access consciencious para acelerar o processo de cura do meu paciente, o pet, e assim devolver o equilíbrio. Sugiro também terapias como reiki e constelação familiar para devolver a ordem ao sistema. Gosto muito da palavra equilíbrio. Manter nossas emoções e pensamentos controlados na maior parte do tempo nos proporciona muitos benefícios.

 

Um campo bastante promissor para os seres humanos é o das células troncos. No campo da veterinária, isto já uma realidade?

Sim, esta terapia hoje é muito utilizada na veterinária, melhorando a qualidade de vida dos pets. Temos no Brasil hoje diversos centros de tratamento e as respostas são as melhores.

 

 O que a medicina veterinária integrativa e holística fez por você?

Ela me curou. Passei pela síndrome de Burnout e por depressão, momentos muito difíceis. Eu, infelizmente, sentia muito remorso e até ódio de ser um ser humano, pois tinha vergonha do que nós somos capazes de fazer. Hoje eu tenho prazer em ser um animal humano, sinto verdadeiro amor em trabalhar com os tutores e confortá-los nos momentos mais difíceis. Na veterinária aprendemos a tratar doenças, não aprendemos a nos relacionar com o tutor ou lidar com a dor do tutor, e infelizmente essa dor se torna nossa. Quando precisar de uma amiga estou aqui, pois antes de ser veterinária, sou uma pessoa.

 

ENTREVISTA I JAIR MOTTA
EDIÇÃO I CAROLINE PIEROSAN
FOTOS I MARGARIDA HENZ BORGES