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Consultoria Exclusiva

02/05/2018

Descoberta e Revolução na Odontologia

Técnica de Restauração Dentoalveolar Imediata (RDI) desenvolvida em Caxias do Sul (RS) pelo cirurgião-dentista José Carlos Martins da Rosa alcança o mundo e revoluciona a Implantodontia

"Termos conseguido estruturar um local onde podemos atender os pacientes com total segurança e com os tratamentos mais modernos na odontologia, me faz muito feliz!" (José Carlos Martins da Rosa) José Carlos Martins da Rosa é natural de São Vicente do Sul, RS. É casado com Ariádene Cristina Pértile de Oliveira Rosa, igualmente dentista, em suas palavras, "parceira, colaboradora e artífice dos mais felizes momentos de sua vida pessoal e carreira profissional"  "Nossa prioridade era tornar a técnica conhecida, principalmente, e primeiramente, na América do Sul. Em seguida tivemos uma excelente abertura nos Estados Unidos, onde já ministramos aulas da técnica em mais de 10 universidades" A técnica RDI é indicada para pessoas que tenham sofrido a perda da coroa do dente, da sua raiz, e, ainda, tenham sua estrutura óssea (que envolve a raiz) prejudicada O dente comprometido é removido, e um implante de titânio é instalado para substituir a raiz. Caso nenhuma manobra de reconstrução óssea seja realizada, o defeito permanecerá, e a gengiva apresentará uma perda significativa de volume, como na ilustração Coleta-se um enxerto ósseo do próprio paciente (da parte posterior do maxilar superior) recorta-se o osso no formato necessário implantando-o dentro da gengiva, sem a necessidade de cortes Por fim, o novo dente é instalado. O paciente sai do procedimento com o dente restaurado, pronto para o processo de cicatrização A equipe multidisciplinar da Rosa Odontologia, José Carlos Martins da Rosa, Ariádene Cristina Pértile de Oliveira Rosa, Marcos Alexandre Fadanelli, Luan Vinícius Camatti, Gustavo Lopes e Leandro Gremelmaier

“Me sinto abençoado, e com uma imensa responsabilidade”, afirma José Carlos da Rosa, com a simplicidade característica dos grandes homens. Simplicidade, humildade e brilho nos olhos (típicos dos que se destacam em suas áreas de atuação por terem a oportunidade de descobrir fatos, ou desenvolver técnicas científicas extraordinárias) lhe transparecem. O cirurgião-dentista com 30 anos de experiência, professor e empresário, autor do protocolo da técnica Restauração Dentoalveolar Imediata (RDI), que está revolucionando a implantodontia em todo o mundo, afirma ser grato por “ter sido escolhido” para ter um insight tão importante. Após ter sua técnica divulgada em diversos artigos científicos, em revistas (específicas ao segmento) de renome internacional, tendo publicado sua metodologia em livro próprio (Restauração Dentoalveolar Imediata – Implantes com carga imediata em alvéolos comprometidos, pela Ed. Santos. 2010), sendo a obra traduzida para o espanhol, inglês e mandarim, o pesquisador considera que chegou o momento de compartilhar esta grande descoberta para além da comunidade científica. “Nosso principal intuito é contribuir com a saúde dos pacientes. Eles são o alvo de todos os nossos estudos e esforços, e a principal motivação do nosso trabalho. Acredito que se as pessoas tiverem mais informação sobre essa metodologia acabarão procurando pelos profissionais que fazem uso da técnica RDI, por ser mais simples, por proporcionar resultados previsíveis, e, por também oportunizar uma melhora mais rápida ao paciente”, explica o pesquisador. Nosso objetivo em divulgar a metodologia para todos, além do âmbito profissional, é fazer com que ela possa ser aplicada no maior número de pessoas ao redor do mundo, beneficiando principalmente o paciente, que é o nosso foco”, conclui. A seguir, a NOI expõe, orgulhosamente, o perfil e os argumentos deste empreendedor da área da saúde, que, idealizou e gerencia, em Caxias do Sul (RS), um dos mais modernos e equipados centros de tratamentos odontológicos do Brasil, a Rosa Odontologia. Ali, José Carlos da Rosa integra uma equipe ímpar de especialistas e profissionais da saúde odontológica. O ambiente singular também foi palco da descoberta do importante protocolo da RDI, concebido e assinado por ele, seu principal precursor e difusor ao redor do mundo.

No que consiste a técnica RDI e como ela se diferencia do que estava sendo feito até então, em relação às técnicas de implantes dentários?

José Carlos da Rosa: A técnica RDI foi desenvolvida no ano de 2006, a partir da necessidade que tínhamos de solucionar um problema de saúde e estético do paciente. Problemas desta natureza (um dente condenado à extração, associado à carência de gengiva e estrutura óssea comprometida) por muito tempo foram resolvidos com outro viés de tratamento. Era um tratamento mais longo, mais oneroso, com mais morbidade, ou seja, havia intervenções mais invasivas nos tratamentos tradicionais. A técnica RDI veio simplificar tudo isso. Em resumo, se o paciente apresentar um dente perdido, com comprometimento alveolar associado, ou não só da parte de tecido ósseo envolvendo o dente, mas também de tecido gengival, nós propomos a extração do dente, a instalação imediata de um implante, a construção de uma coroa provisória e a reconstrução dos tecidos perdidos, sejam eles ósseos ou gengivais, num único procedimento. Ou seja, viabilizamos ao paciente instalar o dente na hora. Se ele chegou no consultório com tal problema, ele já sai com tudo resolvido, em uma única sessão. A morbidade (dor) é muito menor, o custo é mais baixo, e, considerando a parte biológica, a técnica RDI vai trazer um resultado mais positivo do que os outros procedimentos até então citados e relatados, e que nós vinhamos fazendo na nossa clínica, baseados na literatura científica. 

Como a RDI pode ser mais acessível para o paciente se são feitos mais procedimentos em uma única intervenção?

Antes do desenvolvimento da técnica do RDI nós extraíamos o dente, aguardávamos mais ou menos um período de 60 dias, fazíamos uma reconstrução óssea, utilizando o osso autógeno (coletado no próprio paciente) ou um osso artificial (que nós chamamos tecnicamente de biomaterial). Depois dessa fase reconstrutiva, nós aguardávamos, em média, um período de seis meses. Depois, instalávamos um implante e aguardávamos outros seis meses pela osseointegração do implante para, então, instalarmos o dente final. Estas três etapas de tratamento podiam, no máximo, ser concentradas em duas etapas. Hoje, simplificando por meio da técnica RDI, nós conseguimos fazer tudo isso num único procedimento. Anteriormente, em função do número de intervenções, o procedimento era mais caro. Hoje nós conseguimos, com essa metodologia, fazer tudo num único passo (já instalando o dente imediatamente), o que reduz o custo do tratamento, porque o paciente não vai passar por várias etapas. Reduz o desconforto do paciente, e conseguimos reconstruir tanto osso quanto gengiva, e é possível colocar o novo dente, tudo numa única intervenção. Isso veio de encontro com aquilo que nós dentistas estávamos procurando. O principal beneficiado pela RDI é o paciente, pois ele sofre muito menos. E outro fator importante é que a área doadora intrabucal que nós utilizávamos para coletar enxerto ósseo antes, apresentava maior desconforto no pós-operatório. Hoje acessamos a região atrás dos últimos dentes da maxila que apresenta um pós-operatório muito melhor. A resposta cicatricial, tanto da parte óssea quanto gengival também ocorre de uma forma mais rápida e efetiva. O resultado estético final é muito satisfatório. Na verdade é excelente, tanto no que diz respeito a parte de tecido gengival quanto a parte dentária.

Como você pensou nessa possibilidade?

Esse insight aconteceu no caso de um paciente que apresentava um comprometimento de uma das paredes ósseas que envolvem o dente. Ele tinha uma viagem marcada para fora do país, e ficaria afastado durante um bom tempo. Neste período, antes de viajar, fraturou o dente. Ele tinha uma perda óssea importante e, nesse momento (em 2006), nós já vínhamos trabalhando com a coleta desse enxerto ósseo (retirado da região posterior da maxila) para outras aplicações. Precisávamos resolver a situação do paciente em uma única intervenção, pois não podia adiar a viagem. Conversamos muito bem com ele sobre ser um procedimento novo e ele aceitou fazer parte desse estudo. Partimos então para executar esse procedimento coletando esse osso da tuberosidade maxilar. Nesse nosso primeiro caso a resposta foi extremamente positiva. Depois que o paciente retornou ao Brasil, observamos o caso por um longo período. Depois dessa observação criteriosa percebemos que a técnica era positiva e começamos a aplicar para diferentes situações clínicas com diversos graus de complexidade, percebendo que os resultados se mantinham. Sempre obtíamos resultado excelentes com relação a parte estética e a parte  biológica. A partir daí compreendemos que tínhamos desenvolvido algo muito importante para a comunidade científica mundial, e começamos a trabalhar na validação científica do seu protocolo.

A descoberta e o desenvolvimento da RDI aconteceu em Caxias do Sul? 

Essa técnica é genuinamente caxiense. A partir do momento em que fizemos o primeiro caso, e observamos os casos seguintes em que fomos aplicando-a, começamos a perceber o que, de fato, tínhamos desenvolvido. Nos demos conta dos benefícios que a técnica poderia proporcionar não apenas aos nossos pacientes, mas aos pacientes ao redor do mundo. Depois de passar por todo esse período de sedimentação da técnica e acompanhamento desses pacientes, entendemos que essa metodologia deveria ser divulgada fora do âmbito da Rosa Odontologia para atingir um número maior de pacientes, para que eles pudessem também ter o mesmo tipo de resultado, com tratamentos mais simplificados do que aquilo que nós vínhamos fazendo.

A principal descoberta é em relação a capacidade de regeneração do osso que você coleta para realizar o enxerto?

Esse osso que é coletado de uma região específica que fica atrás do último dente de cima, que nós chamamos de “tuberosidade” é um osso muito rico em células. Ele promove uma incorporação do enxerto no leito receptor muito mais efetiva, muito mais rápida, com um processo mais dinâmico, levando a estabilidade dos tecidos gengivais ao longo do tempo. Com os biomateriais que até então nós vínhamos trabalhando e que a as empresas ligadas a odontologia nos ofereciam, ou com os enxertos autógenos coletados de outras áreas da boca, nós não conseguíamos a mesma estabilidade do tecido gengival ao longo do tempo, então nós começamos a aumentar esse número de indicações para outras situações clínicas dos nossos pacientes, com resultados muito similares.

Quando os primeiros casos mostraram resultados satisfatórios, como foi o processo de divulgação da técnica e a aceitação do RDI no meio profissional?

O nosso propósito inicial era a comprovação científica, por meio da publicação de um trabalho com uma metodologia controlada. Só assim teríamos o respaldo para apresentar a nova técnica à odontologia brasileira. Depois de publicarmos alguns artigos em revistas internacionais, e conseguirmos o "aval" da comunidade científica, trabalhamos intensamente em divulgar a técnica RDI nos quatro cantos do Brasil, em diversos eventos e segmentos da área da odontologia, até que nós conseguíssemos comprovar para os nossos colegas, fazendo-os entender que essa metodologia poderia trazer um resultado satisfatório e em um tempo muito menor do que as outras que nós vínhamos fazendo e que eles também vinham usando. A partir de então, começamos a desenvolver cursos de Restauração Dentoalveolar Imediata (RDI). Esses cursos inicialmente eram realizados dentro do centro de estudos da Rosa Odontologia, e, posteriormente, em diversos lugares do Brasil. Hoje, nós temos no Brasil mais de mil colegas treinados para a execução desse procedimento nos seus pacientes. Os maiores beneficiados são os pacientes, não os profissionais. O profissional é um meio para levar essa metodologia ao seu paciente. A metodologia acabou sendo registrada em livro, que foi publicado na língua portuguesa em 2010. Publicamos também na língua espanhola em 2012, em 2014 publicamos em inglês e, em 2015, publicamos em mandarim. A partir da publicação deste livro em diversas línguas, a técnica, como conhecimento, ganhou uma abrangência muito grande. Conseguimos divulgar primeiramente à comunidade científica, por meio não só do livro, mas também, em diversos artigos publicados internacionalmente. Em seguida começamos a fazer a divulgação da técnica presencialmente, viajando pelo mundo para ministrar aulas em diversas universidades. A técnica ficou conhecida, primeiramente, na América do Sul. Em seguida, tivemos uma excelente abertura nos Estados Unidos, onde já ministramos aulas em mais de 10 Universidades. A partir de então, começamos a ser chamados para divulgar essa metodologia em Congressos norte-americanos, o que foi um marco para nós. Não tínhamos ideia que a repercussão seria tão grande. Achamos sempre que a informação ficaria restrita ao mundo odontológico prático mas, nos deparamos com uma situação em que a notícia se espalhou para a comunidade científica em geral. E aí começamos a divulgar na Europa, na Ásia, em todos os cantos. Hoje nós já temos cursos da técnica RDI ministrados em 35 países. Divulgar a metodologia é um trabalho bastante duro, principalmente porque temos que viajar muito. Mas aos poucos estamos conseguindo que esses colegas ao redor do mundo que aplicam a RDI venham realizar os cursos aqui, na estrutura da Rosa Odontologia, em Caxias do Sul, no Brasil. 

Há pessoas formadas para ensinar a técnica no mundo?

Hoje temos diversos profissionais que estão replicando a técnica não só em Universidades, mas em Centros que fazem a divulgação da técnica de uma forma teórica e prática. Também coordenamos pesquisas em algumas universidades ao redor do mundo, que são posteriormente seguidas pelos professores locais.

A RDI já está sendo ensinada aos acadêmicos da odontologia, em nível de graduação?

Essa metodologia está mais focada na área da odontologia que passou do nível da graduação, com profissionais que estão realizando pós-graduação ou especialização, por exemplo, pois é necessário ter experiência na área da implantodontia, da prótese, de periodontia, para que o profissional possa fazer uso da técnica de uma forma bastante segura nos pacientes. O profissional precisa ter experiência com implantes para fazer uso da técnica. 

É uma técnica que precisa ser necessariamente indicada pelo profissional ou o paciente pode pedir pela RDI ao dentista que o atende?

Eu acredito hoje que, se as pessoas tiverem mais informação sobre essa metodologia acabarão buscando pelos profissionais que fazem uso dessa técnica, por ser mais simples, por proporcionar resultados melhores, e mais rápidos. O nosso objetivo é divulgar a metodologia para fazer com que ela possa ser aplicada no maior número de pessoas ao redor do mundo, para que ela beneficie o paciente, que é o nosso foco. Mas a indicação do uso ou não da técnica depende de um diagnóstico muito criterioso, que somente poderá ser realizado pelo profissional treinado.

Quando você percebeu que havia descoberto a RDI, qual foi o seu sentimento? 

Eu acho que foi uma graça. Um presente divino. Eu me sinto muito feliz por ter sido escolhido para fazer isso, e, ao mesmo tempo, eu me sinto com uma enorme responsabilidade. Não adianta ser escolhido para fazer determinada coisa e ficar com esse conhecimento oculto, apenas para si. Claro que isso acaba interferindo um pouco em nossa vida, pois são muitas viagens e muita ausência e distância das nossas famílias. Mas temos essa responsabilidade, de fazer com que a metodologia RDI possa ser usufruída pelo maior número de pessoas possível, ao redor do mundo. Isso devido à sua simplicidade, à sua praticidade, e pelo seu resultado ser muito previsível, mais do que de outras metodologias aplicadas até então, baseadas na literatura pré-existente. É uma missão bastante difícil, mas sou uma pessoa extremamente feliz por ter sido agraciado com esse presente (que assim o considero). É desafiador, pois temos que nos manter sempre muito atualizados, temos que estar presentes em muitos eventos ao redor do mundo, e a gente sabe que não é uma tarefa muito simples. 

Além de profissional da área odontológica você é um empreendedor. É possível ser inovador também neste segmento? Como inovar em um meio tão tradicional?

A Rosa Odontologia como empreendimento em si nasceu a partir de dois sonhos, do meu e da minha esposa Ariádene. Nós pensávamos sempre em oferecer para o paciente uma estrutura diferenciada, que pudesse suprir todas as necessidades em um único local. Que permitisse ao paciente fazer não só um tratamento completo e diferenciado, mas que a estrutura física pudesse fazê-lo sentir-se em casa. Esse sonho era antigo. Eu, por muitos anos fui ligado à área do ensino. Antes de trabalhar na Rosa Odontologia, sempre tive o desejo de passar meu conhecimento para outras pessoas. Então nossa estrutura foi toda pensada para aliar essas duas coisas: oportunizar um tratamento diferente para o paciente e promover cursos e treinamentos para os colegas. Temos um centro cirúrgico hospitalar, que oferece toda a segurança possível, para que o paciente possa fazer os procedimentos com sedação, ou com anestesia geral. Com essa estrutura, ficamos mais tranquilos em relação ao que podemos oferecer ao paciente. Uma coisa é você fazer um procedimento complexo em uma cadeira de dentista, outra, muito diferente, é ter todo o suporte que um centro cirúrgico pode oferecer, e com o apoio que uma equipe médica e de enfermagem. Se ocorrer qualquer emergência com o nosso paciente, por exemplo, nós sabemos o que fazer e temos todos os recursos para melhor proceder. Essa conquista é outra coisa que muito me alegra! Termos conseguido estruturar um local onde podemos atender os pacientes com segurança e com os melhores tratamentos existentes para as demandas da odontologia. E aliar tudo isso com uma estrutura de ensino, foi um sonho conquistado.

Por que criar um centro desta magnitude em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha?

Eu vim para Caxias do Sul em 1992. Desde que nós começamos a trabalhar aqui, percebemos que faltava um referência a nível de estrutura física. Nós temos excelentes profissionais aqui na região, mas não havia um local que fosse referência em estrutura. Foi neste sentido que elaboramos o projeto e desenvolvemos toda a parte física de construção, que levou cerca de quatro anos para ficar pronta, até que conseguíssemos fazer com que a Rosa Odontologia nascesse. De uma forma muito criteriosa, e com muito rigor, nós trabalhamos em todas as áreas, falando especificamente da parte clínica e tecnológica. Seguimos um rigor técnico muito grande na elaboração do Centro Cirúrgico respeitando todas as normas de segurança necessárias para termos um Centro Cirúrgico com o credenciamento de Hospital Dia. Foi um sonho que cultivamos por muito tempo e conseguimos realizar em 2006. Exatamente neste ano, em que começamos atuar aqui, tive o insight da técnica de Restauração Dentoalveolar Imediata. 

A partir de todas essas iniciativas, vocês geraram um conhecimento muito importante para a comunidade científica. Isso aponta que estamos em uma região e país com os melhores profissionais, ou vocês seriam uma rara excessão? 

A odontologia brasileira em si, hoje, é o celeiro da melhor odontologia do mundo. Nós temos criatividade e habilidade. Embora a América do Norte tenha muitos recursos tecnológicos, a odontologia brasileira é reconhecida como a melhor odontologia atual. Hoje, conseguimos rapidamente ter acesso aos recursos tecnológicos de última geração, agregando a isso toda a criatividade e habilidade do dentista brasileiro. Por isso, hoje, somos referência para o mundo. Nossas capacidades técnicas, no entanto, precisam ser constantemente renovadas. Isso não é uma coisa simples pois demanda tempo e muito investimento. Mas, apesar de não ser fácil, esse é o pensamento da nossa equipe. Uma equipe que trabalhou desde o início junta, com o mesmo pensamento, sempre buscando manter-se atualizada com o que tiver de mais novo na parte de técnicas e tecnologias. É isso que a Rosa Odontologia tem hoje para oferecer, um tratamento diferenciado em todos os segmentos, não apenas na estrutura física, mas também, na parte técnica e tecnológica. Além disso, todos os profissionais estão, de uma forma de outra, envolvidos com a docência e a pesquisa científica. 

Quais são os próximos passos como pesquisador e profissional? 

Desde o seu desenvolvimento, a técnica já teve inúmeros desdobramentos. Escrevemos o nosso livro, e também capítulos de livros de outros autores nacionais e internacionais, e publicamos muitos artigos em revistas científicas internacionais de alto impacto. Atualmente estamos voltados para essa área de pesquisa. Estamos coordenando e desenvolvendo diversos projetos de pesquisa em universidades ao redor do mundo. Muito seguidamente vamos a essas universidades para fazer o acompanhamento destes projetos. Professores e colegas estrangeiros também vêm a Caxias do Sul frequentemente para que possamos fazer essas discussões aqui. O projeto tomou dimensões muito maiores do que havíamos imaginado. Então é um projeto que ainda tem um longo caminho pela frente, e seguimos com nossas pesquisas no intuito de divulgar que esta técnica, genuinamente caxiense, pode ser aplicada por qualquer profissional ao redor do mundo, com o mesmo nível de resultado.

Como o trabalho do dentista pode impactar a comunidade em que ele está inserido?

A Odontologia mudou muito de uns anos para cá. Hoje nós trabalhamos de uma forma diferente do que há 10 anos. Isso é natural. Daqui há 10 anos falaremos o mesmo sobre o que ocorre hoje. Porém, atualmente, a odontologia é muito mais ampla. Hoje conseguimos fazer um trabalho de promover a saúde do paciente de uma forma mais completa, integral. Podemos avaliar e diagnosticar os problemas dos pacientes de forma mais precisa porque hoje nós temos diversos exames de imagem que nos favorecem, no momento em que estamos diagnosticando e planejando, e facilitam, sobremaneira, a execução dos procedimentos. É possível transformar pacientes sem dentes em pacientes dentados, em 24 horas, por exemplo. Com todos os recursos disponíveis, hoje um dentista pode mudar a autoestima e a vida de um paciente. Outro aspecto importante é que normalmente o paciente procura o profissional para resolver um problema específico de um único dente, mas em muitas situações o paciente está procurando resolver a saúde dele de forma integral. A boca é a porta de entrada de vários problemas nossos de origem sistêmica. Então é objetivo do dentista hoje, explicar para o paciente de uma forma simples, como ele poderia mudar hábitos para melhorar sua qualidade de vida (higiene, manutenção, atitudes saudáveis). Hoje, além de realizarmos tratamentos restauradores, procedimentos funcionais e estéticos, também promovemos a saúde integral. Precisamos também, como missão de vida, como profissionais da saúde, fazer parte da melhora das condições sociais em nosso país e melhorar o acesso que a população tem aos tratamentos avançados.

Entrevista I Caroline Pierosan - Fotos I Josué Ferreira

José Carlos da Rosa é natural de São Vicente do Sul, RS. É casado com Ariádene Cristina Pértile de Oliveira Rosa, igualmente dentista, em suas palavras, “parceira, colaboradora e artífice dos mais felizes momentos de sua vida pessoal e carreira profissional”. Graduou-se pela Universidade Federal de Santa Maria / RS (UFSM), em 1988, e esse ano completa 30 anos de profissão. Especializou-se em Periodontia pela Associação Paulista de Cirurgiões – Dentistas (APCD), Bauru/SP, em 1991. Tornou-se Especialista e Mestre em Prótese pelo Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic, Campinas / SP, em 2005 e atualmente, é Doutor em Implantodontia pela mesma instituição. É autor do livro “Restauração Dentoalveolar Imediata – Implantes com carga imediata em alvéolos comprometidos”, pela Ed. Santos, em 2010, com edição português (2010), em espanhol (2012), inglês (2014) e mandarim (2015). Também assina diversos artigos científicos já publicados. É sócio-proprietário da Rosa Odontologia, centro dotado odontológico de modernas instalações estrategicamente aliadas a importantes recursos hospitalares, cujo perfil e estrutura foram projetados para o desenvolvimento de um trabalho comprometido com biossegurança e alta tecnologia. A clínica possui, ainda, um centro de aprimoramento e qualificação profissional composto por auditório e consultório integrados para a realização de eventos, cursos de imersão, grupos de estudo e pesquisa. Renomados profissionais de vários lugares do Brasil e do exterior, têm ministrado cursos e workshops nos ambientes da Rosa Odontologia.