As tecnologias de lâmpadas de desinfecção UV, já muito utilizadas no passado, têm avançado, se adaptando as novas necessidades geradas pela pandemia
Que ano! Quantas mudanças aconteceram em nossas vidas neste ano tenso e difícil! Nossas percepções e rotinas de higiene e limpeza mudaram drasticamente no decorrer desta pandemia. Os protocolos com nossos cuidados diários nunca foram tão rigorosos, desde o uso de máscaras à frequência com que lavamos as mãos entre tantas outras alternativas que adotamos como tapetes desinfetantes e controle de temperatura na entrada e saída de estabelecimentos comerciais.
Um ambiente limpo e desinfectado passou a ser prioridade além de, em muitas circunstâncias, uma exigência da lei. Apesar de todos esses nossos esforços, às vezes, tudo parece inútil, visto que o vírus já demostrou que continua a se espalhar rapidamente. O vírus está nos detalhes, naquelas peculiaridades que nos escapam, onde nós não limpamos. Provavelmente vamos seguir assim, por um bom tempo, infelizmente!
Mas também não podemos deixar de viver não é mesmo?
Felizmente, as tecnologias de lâmpadas de desinfecção UV, já muito utilizadas no passado, têm avançado, se adaptando as necessidades atuais das pessoas. A radiação ultravioleta, é uma tecnologia há muito tempo utilizada na esterilização de hospitais, aviões, escritórios e fábricas. Para facilitar a sua aplicação nesse momento de pandemia, o dispositivo foi adaptado para uso doméstico. Hoje podemos contar com mais essa opção de desinfecção de objetos e ambientes, que vem para facilitar e ampliar a eliminação não somente dos vírus mas também de bactérias e fungos que circulam e muitas vezes “moram” em nossos tapetes, colchões e até mesmo naquele inocente urso de pelúcia de nosso filhos. Já podemos encontrar esses modelos de luminárias para desinfecção em formatos portáteis, leves e sem fio, podendo ser carregados em qualquer porta USB. Ou seja, podemos utilizar essa tecnologia em nosso dia a dia.
Como Funciona?
Os raios UV-C são fatais para muitos micróbios causadores de doenças e alergias, incluindo para fontes microscópicas de pneumonia, gripe, cólera e tuberculose. Experiências revelaram que o comprimento de onda de 253,7 nanômetros destrói diretamente o DNA de tais organismos, tornando impossível a divisão celular e causando a morte rápida da célula.
A luz UV-C que naturalmente vem do sol é parcialmente bloqueada pela camada de ozônio presente em nossa atmosfera. Já as lâmpadas de UV-C, produzem radiação suficientemente forte para matar vários tipos de microrganismos como bactérias, vírus, incluindo nesse leque o novo coronavírus (o famoso COVID-19) e outros patogênicos.
Validação e Pesquisa:
Os Laboratórios Nacionais de Doenças Infecciosas Emergentes (NEIDL) da Universidade de Boston, nos EUA, realizaram pesquisas recentes que validam a eficácia das fontes de luz UV-C (ultravioleta) na inativação do SARS-CoV-2, o vírus que causa COVID-19. Durante (e de acordo com) as pesquisas, uma dose de 5mJ/cm2 de radiação UV-C proveniente de uma fonte de luz portátil UV conseguiu reduzir 99% do vírus SARS-CoV-2 em 6 segundos. Com base nos dados, uma dose de 22mJ / cm2 resultaria em uma redução de 99,9999% em 25 segundos.
Desde o início da pandemia de SARS CoV-2, Anthony Griffiths, Professor Associado de Microbiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Boston e a sua equipe têm trabalhado no desenvolvimento de ferramentas para apoiar o avanço científico neste campo. Durante a investigação, trataram o material inoculado com diferentes doses de radiação UV-C provenientes de uma fonte de luz UV-C e avaliaram a capacidade de inativação sob várias condições.