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As queratoses actínicas estão entre as lesões mais tratadas nos consultórios de dermatologia do país e especialmente de nossa região, já que é mais frequente em pacientes com peles claras. São manchas arredondadas, levemente ásperas, cor da pele a avermelhadas que, com o passar do tempo, podem ficar mais grossas e espessas e podem, nesses casos, evoluir para um tipo de câncer de pele mais grave chamado carcinoma espinocelular. É comum o paciente tentar removê-las insistentemente, porém as mesmas não cicatrizam e podem até sangrar.

O principal fator de risco para desenvolvê-las é ter a pele clara e o histórico de muita exposição ao sol durante a vida, como vemos com os praianos, agricultores e mesmo com os idosos em geral, que vem de uma geração que não usava muito filtro solar. Dessa forma, os locais mais frequentes para essas lesões são áreas expostas ao sol e claridade mais intensamente, como a face, pescoço, colo, antebraços e pernas dos joelhos para baixo. Apesar de a chance de uma queratose actínica evoluir para câncer de pele ser baixa (cerca de 1%), isso ocorre com certa frequência, pois elas surgem de forma lenta e gradual, praticamente sem sintomas e as pessoas acabam se acostumando com elas. Porém quando a transformação acontece o estrago é considerável. O carcinoma espinocelular só pode ser resolvido com cirurgia e é preciso remover a pele em torno dele para garantir que não reste tumor, causando cicatrizes muitas vezes grandes ou inestéticas. Mais raramente, se não tratado prontamente, esse tipo de câncer de pele pode evoluir com metástases no organismo e precisar até de tratamentos como quimioterapia ou radioterapia.

O ideal é eliminar essas lesões o quanto antes possível, logo no seu surgimento, eliminando o risco de câncer de pele. Quando tratadas previamente, raramente deixam cicatriz. As formas de tratamento mais comuns são: crioterapia, uso de ácidos tópicos, cremes a base de 5-fluoracil ou imiquimod, curetagem e cauterização, raramente, remoção cirúrgica. Depois que o paciente trata a primeira queratose actínica podem aparecer novas lesões nas proximidades, pois geralmente a pele já está muito fotodanificada, havendo também maior risco de outras manchas solares, pintas perigosas e câncer de pele, especialmente do tipo carcinoma basocelular. Por isso é muito importante que todos os anos sejam feitas revisões para identificação destes problemas  e  seu possível tratamento precoce.