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09/12/2017

Contra o Câncer

Instituto do Câncer do Hospital Tacchini é referência regional em tratamentos contra a doença

Os tumores mais comuns são os de pele, de mama, de próstata, hematológicos (leucemia e linfoma), colorretais, e de cabeça e pescoço O Instituto do Câncer é um centro de portas abertas para a comunidade científica mundial Fernando Obst, médico diretor do Instituto do Câncer do Hospital Tacchini

Desde 2014, com a criação do Instituto do Câncer, o Hospital Tacchini deu um importante passo para tornar-se referência regional em tratamentos contra a doença. Para falar sobre o panorama de diagnóstico, incidência e tratamento do câncer na região da Serra Gaúcha, convidamos o médico Fernando Obst, que dirige o Instituto do Câncer do Hospital Tacchini.

NOI: O que você tem percebido no comportamento da incidência de câncer na Serra Gaúcha, especialmente nos casos mais comuns, mama, próstata e pele, nos últimos ano, e qual sua análise a respeito?

Fernando Obst: No UNACON-Bento Gonçalves (Instituto do Câncer, Hospital Tacchini) temos percebido, no geral, aumento na procura por diagnóstico e tratamento de cânceres. Nos últimos três anos, temos atendido em média 1.500 novos casos de câncer. Os tumores mais comuns são os de pele, de mama, de próstata, hematológicos (leucemia e linfoma), colorretais, e de cabeça e pescoço. Para alguns tumores como os de mama, identificamos que as mulheres estão chegando ao nosso centro em estágio menos avançado da doença, quando comparado aos anos anteriores. Quanto à idade ao diagnóstico, nossas análises sinalizam aumento no número de diagnósticos em idade mais jovem.

Como se posiciona hoje o Instituto do Câncer do Hospital Tacchini em âmbito regional, estadual e nacional? A que centros se equipara ou como se distingue e por quê?

O Instituto é um centro de tratamento de abrangência regional no estado (área de alcance de até 24 municípios), com solução integral na terapia do câncer, envolvendo as três modalidades de tratamento da doença (cirurgia, quimioterapia e radioterapia). Terapias inovadoras e contemporâneas, como imunoterapia, são também incorporadas no modelo assistencial do Instituto do Câncer. O Hospital Tacchini, como hospital terciário de alta complexidade, dá suporte a toda a complexidade do Instituto, contando com serviços diagnósticos de alta precisão (radiologia e laboratório), além de dispor de unidades de internação, emergência e UTI. Por meio do Instituto Tacchini de Pesquisa em Saúde, o Instituto do Câncer é um centro de portas abertas para a comunidade científica mundial, oferecendo terapias inovadoras, algumas vezes nem mesmo disponíveis ou plenamente regulamentadas no país.      

Como o Instituto está estruturado em termos de recursos humanos e tecnologia? E o que isso representa para a população regional?

O Instituto do Câncer conta com equipe multidisciplinar composta por mais de 50 profissionais entre médicos (oncologistas clínicos, radio-oncologistas, hematologistas e cirurgiões especializados), corpo de enfermagem e farmácia oncológica, além de nutrição, fisioterapia, psicologia, assistência social, em completa rede de apoio no tratamento do paciente acometido por câncer. O Instituto controla indicadores de desempenho assistencial em 3 âmbitos: estrutura, processos e resultados, sendo 24 ao todo. Tem unidade de epidemiologia e de estudos clínicos em oncologia interligada ao ITPS, trabalha com SISCAN, RHC além de pesquisa local e colaborativa com outros centros.

Considerando a evolução do Instituto nos seus primeiros três anos, o que você projeta ou busca como avanços a médio prazo?

Como avanços, o Hospital Tacchini projeta consolidar o Instituto do Câncer como centro regional no atendimento dos pacientes com câncer, sem limites ou fronteiras com o que há de mais avançado no mundo, contando com investimentos futuros projetados e com a especialização de seus profissionais. A Unidade de Pesquisa Clínica, colaborativa com outros centros do país e do mundo, é uma das portas para esta projeção almejada. 

“Para alguns tumores como os de mama, identificamos que as mulheres estão chegando ao nosso centro em estágio menos avançado da doença, quando comparado aos anos anteriores. Quanto à idade ao diagnóstico, nossas análises sinalizam aumento no número de diagnósticos em idade mais jovem”

 

TRAJETÓRIA

Fernando Obst é médico formado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul em 1995, concluiu residências médicas em Ginecologia e Obstetrícia (1996-1997) e em Oncologia / Radioterapia (1999-2002). Tem Mestrado pela UFRGS. É Membro da Sociedade Brasileira de Radioterapia e filiado na Sociedade Americana de Radioterapia.