A Embolização é um procedimento bastante moderno e pouco invasivo que vem sendo usado no mundo todo para tratar miomas uterinos
O mioma uterino é um tumor benigno presente entre 40 e 80% das mulheres em idade reprodutiva. Dessas mulheres, pelo menos 25% precisam de tratamento devido à presença de sintomas (conheça os sintomas de mioma uterino no quadro ao lado). Os dados são do médico Dr. Vinicius Lain, cirugião vascular da Clínica Vena. “Os sintomas e opções de tratamento para miomas variam de acordo com o tipo da doença e o perfil de cada mulher”, explica o médico. De acordo com ele, para diminuir, ou mesmo, eliminar os sintomas os procedimentos variam conforme a gravidade da situação. “Um procedimento bastante moderno, cada vez mais utilizado no mundo todo é a embolização”, afirma.
Embolização
A técnica de embolização consiste na introdução de cateteres por punção na virilha para a interrupção do fluxo da artéria uterina, fazendo com que o mioma “murche”. O procedimento é realizado no hospital, com um ou dois dias de internação e tem cobertura total dos convênios de saúde. “Os resultados são bastante animadores”, afirma o médico Herton Lopes, cirurgião vascular da Clínica Vena. De acordo com ele, 9 em cada 10 mulheres que tinham sangramento intenso e foram submetidas ao tratamento, voltam a ter menstruações normais. Sobre as dores, também 9 em cada 10 mulheres relatam o desaparecimento do sintoma. O tamanho do útero e dos miomas regride em até 50% três meses após a embolização, e em até 90% depois de um ano. “Além disso, os benefícios provocados pela embolização são permanentes, o que raramente torna necessário algum procedimento terapêutico adicional”, complementa o especialista. “É um procedimento indicado para pacientes que tem alto risco cirúrgico e sangranento ativo.”, conclui.
Quem pode fazer a Embolização?
“Toda mulher que tem mioma no útero e apresenta sintomas desconfortáveis é potencialmente candidata a fazer uma embolização, independentemente da quantidade, tamanho e/ou localização dos nódulos de mioma.”, afirma Dr. Vinicius Lain. De acordo com ele, cada caso é um caso e deve ser analisado detalhadamente pelo médico ginecologista, apesar de raramente existem situações desfavoráveis que não possam ser tratadas com a embolização uterina. Ele relata que, antes de existir a Embolização, a solução mais recomendada era o procedimento cirúrgico para a retirada dos miomas. “Esse procedimento é feito pro meio de uma incisão (corte) na barriga, com anestesia geral, conhecido como miomectomia por laparotomia, ou por meio de pequenas aberturas (com 1cm ou menos), também na barriga da mulher, realizado com o auxílio de uma câmera e pequenos instrumentos, conhecido como miomectomia por laparoscopia; ou ainda com a abordagem feita pela vagina através do colo do útero, conhecido como histeroscopia. Por se tratarem de procedimentos mais invasivos e por saberem que miomas são tumores benignos, muitas mulheres optavam por conviver com os sintomas, apelando para a cirurgia somente em casos extremos.