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16/07/2019

Onicomicose

As alterações das unhas podem causar dor, inflamação e infecção secundária das cutículas

"O dermatologista é o especialista em unhas e o médico mais indicado para o diagnóstico e tratamento de suas afecções"

Você conhece a ONICOMICOSE? Onico é um prefixo de origem grega que indica “relação com a unha”, assim: onicomicose é o termo médico para micose de unha, que é a infecção da lâmina ungueal por fungos ou leveduras. A prevalência desse problema chega a 40% dos indivíduos acima de 60 anos, sendo rara em crianças. O acometimento das unhas dos pés é 4 a 7 vezes mais comum pelo seu crescimento mais lento, mais probabilidade de trauma e abafamento local. Os dermatófitos como Trichophyton, Epidermophyton e Microsporum são as espécies mais comuns e são adquiridos do ambiente.

Os principais fatores de risco para onicomicose são diabetes, psoríase, doença vascular periférica (varizes e má-circulação por exemplo), imunidade baixa, tabagismo, obesidade, hiperhidrose, calçados abafados, certas profissões e esportes, uso de banhos, piscinas ou saunas comunitárias e falta de cuidados com higiene de calçados e corte de unhas. Material de manicure contaminado também é fonte de infecção, ou seja, se você está com onicomicose, pode estar passando para outras pessoas, portanto com ou sem micose, leve seu material.

As alterações das unhas podem causar dor, inflamação e infecção secundária das cutículas. Não é raro ser uma porta de entrada para outras bactérias que podem causar erisipela e celulite infecciosa nas pernas. Outras doenças têm quadro clínico muito semelhante às infecções fungicas – dessa forma é importante a coleta do exame para identificar o fungo causador e afastar outros diagnósticos como tumores, verrugas subungueais, psoríase entre outros. O dermatologista é o especialista em unhas e o médico mais indicado para o diagnóstico e tratamento de suas afecções.

Apenas quando a micose ocupa a porção mais distal da unha podemos tratá-la com antifúngicos tópicos. Caso haja acometimento mais perto de sua raiz é necessária a associação com o tratamento por via oral. Esse tratamento pode ter interações medicamentosas e efeitos colaterais, portanto só pode ser realizado sob supervisão médica. A duração do tratamento varia de acordo com a unha acometida, geralmente entre nove a doze meses para as unhas dos pés e seis meses para unhas das mãos. Quanto mais espessa estiver a unha mais complicado é o tratamento e com frequência precisamos de ajuda multidisciplinar com a podologia para afinar a lâmina ungueal e possibilitar a penetração dos medicamentos. Pacientes com contraindicações ao uso de antifúngicos sistêmicos, como por exemplo portadores de doenças hepáticas, podem realizar tratamentos complementares com lasers dos tipos ND_YAG, diodo ou infravermelhos.

Após a cura da onicomicose é importante a prevenção de recidivas, com o uso de calçados arejados, que não devem ser usados por vários dias seguidos, uso de meias de algodão e talcos antissépticos, além do corte frequente das unhas e uso dos esmaltes antifúngicos por cerca de seis meses após a cura clínica da onicomicose. Calçados contaminados também podem ser fontes de recidiva e devem ser higienizados com desinfetantes antifúngicos e sol.

 

Themis Hepp e Alice Toigo - Dermatologistas