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27/01/2020

Pele Bronzeada Compensa o Risco?

Ter mais do que 100 pintas no corpo está relacionado ao risco de câncer de pele; quanto maior a exposição ao sol, maior o risco de desenvolver a doença  

"O sinal de alerta para o problema é a vermelhidão na pele após a exposição solar; ela é o sinal clínico de que a dose de sol foi excessiva e de que há risco de câncer de pele"

É tudo uma questão de bom senso. Não precisamos fugir completamente do sol. Ele é fonte de bem estar, regulação da melatonina e serotonina, além da vitamina D. Mas atenção para a exposição por longos períodos, queimaduras desnecessárias e pintas que estão mudando: elas podem originar câncer de pele.

Existe uma relação muito importante entre o sol e a transformação de uma pinta benigna para maligna. A radiação ultravioleta emitida pelo sol pode induzir mutações na pele, que levam à formação de tumores. Apesar de a palavra “mutação” parecer tema de filme científico, ela representa algo que ocorre diariamente em nosso corpo. A radiação solar pode favorecer isso, originando tumores.

O sinal de alerta para o problema é algo bem comum: a vermelhidão na pele após a exposição solar. Ela é o sinal clínico de que a dose de sol foi excessiva e de que há risco de câncer de pele. Infelizmente, para as peles muito brancas ficarem bronzeadas, elas precisam passar pelo estágio de vermelhidão, diferentemente das morenas, que têm mais facilidade de bronzear, por possuírem mais melanina — e, consequentemente, mais proteção da pele contra as mutações.

Há outra questão importante quando se fala de pintas: a sua quantidade. Ter mais do que 100 pintas no corpo está relacionado a maior risco de câncer de pele. Outro fato interessante é que o número de pintas que um adulto tem, está correlacionado à quantidade de sol que ele pegou na infância e adolescência. Por isso é tão importante proteger os mais jovens com filtro solar, chapéus e roupas com proteção, além de evitar horários de alta incidência de sol.

Já percebeu que quando uma pessoa de pele clara tenta ficar bronzeada, ela acaba adquirindo várias sardas, manchas brancas, pintas e, em muitos casos, melasma (manchas escuras)? A cada década de vida isso fica mais evidente. Será que o efeito de alguns dias de pele bronzeada compensa esse envelhecimento? Por que não assumir a pele clarinha e ter uma vida com menos risco de manchas e câncer de pele? Vale a reflexão!

Consulte seu dermatologista pelo menos uma vez ao ano, especialmente se você tem pele ou olhos claros, muitas pintas pelo corpo e histórico de câncer de pele pessoal ou familiar. Aproveite o verão, porém com moderação!

 

Themis Hepp | Dermatologista