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O cirurgião dentista José Carlos Martins da Rosa, 52 anos, (natural de São Vicente do Sul, residente em Caxias do Sul há 25 anos) realizou seu primeiro procedimento de Restauração Dentoalveolar Imediata (RDI) há aproximadamente uma década. Em 2006, diante da urgência de uma paciente que, havendo sofrido trauma severo na face perdera um dente e precisava resolver a situação rapidamente pois estava de mudança programada para o exterior nos dias seguintes, José Carlos propôs uma experiência: ele acreditava que um tratamento inovador e muito menos invasivo poderia resultar numa recuperação veloz. A paciente concordou em tentar e o procedimento foi realizado. Diante dos impressionantes resultados positivos a prática da RDI passou a ser proposta para outros pacientes, gerando registros de procedimento até a elaboração de um minucioso protocolo que hoje serve de modelo para profissionais do mundo inteiro. O criador da RDI descreveu o passo-a-passo a técnica: “A Restauração Dentoalveolar Imediata (RDI) é indicada para pessoas que tenham sofrido a perda da coroa do dente, da sua raiz, e, ainda, tenham a estrutura óssea (que envolve a raiz danificada) comprometida. Antigamente, a única solução para este tipo de problema era a abertura da gengiva com cortes consideráveis, a cura do local ósseo danificado, o implante de materiais (ou sintéticos ou biológicos como ossos de animais) no local, uma longa espera por uma posterior cicatrização da gengiva para, só depois, implantar-se o pino de titânio artificial e uma nova coroa de resina ou porcelana. Muitas vezes eram necessárias várias intervenções cirúrgicas gerando um tratamento longo, que poderia durar mais de um ano até ser finalizado.  Já com a técnica RDI todos os procedimentos são realizados no mesmo momento. Em uma única cirurgia extraímos o dente, raiz e tecidos danificados, curamos o local, implantamos um enxerto ósseo retirado da maxila do próprio paciente, aplicamos o implante de titânio e colocamos a coroa de resina que, posteriormente, poderá ser substituída por uma coroa de cerâmica – de acordo com a vontade do paciente. A grande vantagem da RDI está na preservação da saúde e do bem estar do paciente que não precisa mais ser submetido a cortes invasivos e a diversos procedimentos desgastantes. Embora a RDI pareça mais simples, ela exige um planejamento prévio, bem como que todos os passos do protocolo sejam seguidos minuciosamente. Precisamos realizar tomografias para detectar exatamente onde está e como é o dano ósseo sofrido pelo paciente, planejar como vamos fazer o enxerto, saber precisamente qual o tamanho do osso que teremos que coletar para que ele encaixe perfeitamente no local danificado. Os procedimentos de biossegurança são muito importantes para evitar infecções e garantir uma recuperação sadia ao paciente. A técnica RDI também é mais econômica pois o material que implantamos é retirado do corpo do paciente, descartando a necessidade de aquisição de materiais alternativos (biomateriais) que normalmente são extremamente caros. Muitas técnicas podem ser utilizadas para resolver este tipo de problema, mas a RDI é a única que apresenta uma solução completa em uma única intervenção cirúrgica”, afirma José Carlos Martins da Rosa, cirurgião dentista.

INDICAÇÃO

A RDI é indicada para casos em que há perda dental e perda óssea (normalmente geradas por traumas, fraturas, acidentes, focos de infecção periodontal e endodôntico, cáries extensas que atingiram o canal dental provocando lesão na raiz, ou infecção que vem de fora da gengiva para o canal). A técnica inovadora de Restauração Dentoalveolar Imediata garante uma recuperação muito rápida. Em Caxias do Sul (RS), mais de 500 pessoas já foram beneficiadas com o tratamento criado e desenvolvido pelo cirurgião dentista José Carlos Martins da Rosa, da Rosa Odontologia. Dentistas estão pesquisando a RDI nos Estados Unidos, Europa, Austrália e Ásia. A Universidade de Harvard também elegeu uma pesquisa com esse tema. O profissional, precursor da prática no mundo já publicou livro com a descrição da RDI em quatro línguas (português, inglês, espanhol e mandarim). 

Benefícios do RDI:

1 – Menor Morbidade: o procedimento intervém menos em estrutura anatômicas do paciente, apenas corrigindo o estritamente necessário; é pouco invasivo e gera menos dor

2 – Menos Tempo de Tratamento: tudo é feito em único procedimento

3 – Menor Custo: a técnica aproveita material biológico do próprio paciente

4 – Melhor Recuperação: a alternativa é biologicamente muito mais aceita pelo organismo do que todas as outras técnicas

Caroline Pierosan