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01/04/2018

Síndrome do Olho Seco (SOS)

A SOS é um distúrbio comum, que afeta porcentagem significativa da população, principalmente adultos acima de 40 anos, idosos e mulheres

A SOS pode causar impacto importante na função visual, atividades diárias, funcionamento físico e produtividade laboral das pessoas  Para o tratamento adequado e individualizado, seu oftalmologista deverá ser consultado. Na foto, Daniela Leães e Mauro Chies O diagnóstico da SOS é realizado a partir da avaliação do histórico clínico, exame físico, e um ou mais testes diagnósticos em conjunto

               A Síndrome do olho seco (SOS), também conhecida como ceratoconjuntivite sicca ou síndrome da disfunção lacrimal, é uma doença multifatorial do filme lacrimal e da superfície ocular. A SOS é um distúrbio comum, que afeta porcentagem significativa da população, principalmente adultos acima de 40 anos, idosos e mulheres. Trata-se de uma condição clínica muito frequente na prática oftalmológica, cuja ocorrência se encontra entre 7,4% e 40%. Devido ao aumento da expectativa de vida, estima-se que essa prevalência aumente nos próximos anos. Há alguns fatores de risco a serem considerados no desenvolvimento da SOS são: envelhecimento, sexo feminino, alterações hormonais, terapia com estrogênio na pós-menopausa, radioterapia, quimioterapia, doença autoimune sistêmica (ex. Síndrome de Sjögren), cirurgia refrativa, anormalidades intermitentes na superfície ocular e região interpalpebral, uso de medicamentos (antidepressivos, ansiolíticos, anti-hipertensivos, etc.), infecções virais, deficiência de vitamina A, uso de lentes de contato, uso prolongado de computador, piscar de olhos defeituoso e fatores ambientais.

              A SOS pode causar impacto importante na função visual, atividades diárias, funcionamento físico e produtividade laboral das pessoas. Para ilustrar um exemplo concreto, pesquisadores encontram índices de utilidade (mede qualidade de vida do ponto de vista econômico) nos casos severos de olho seco, muito semelhante aos pacientes com angina cardíaca de classe III/IV ou mesmo pacientes em hemodiálise. Os sintomas mais comuns associados a SOS são: sensação de corpo estranho; ressecamento ocular; olho vermelho; secreção mucoide; irritação ocular; lacrimejamento; sensibilidade à luz; coceira; e visão borrada ou flutuante. O diagnóstico da SOS é realizado a partir da avaliação do histórico clínico, exame físico, e um ou mais testes diagnósticos em conjunto. O tratamento atual da SOS tem como objetivo aumentar a produção de lágrima, fazer sua suplementação e diminuir a evaporação do filme lacrimal. Sempre que possível, o paciente deve descontinuar medicações que possam exacerbar o problema. A primeira linha de tratamento inclui a suplementação lacrimal e estratégias ambientais e nutricionais. Para o tratamento adequado e individualizado, seu oftalmologista deverá ser consultado.

Daniela Leães