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Oratória

18/09/2020

Franciele de Almeida Pilati

"Cada pessoa é única, então não vamos fazer o mesmo trabalho para todos. Nós prezamos muito pela naturalidade. Nosso foco é o envelhecimento saudável, é tratar e não, necessariamente, modificar. Toda pessoa é bela e nós só precisamos acentuar isso cuidando para que o paciente chegue a uma determinada idade saudável, com a pele cuidada" (Franciele de Almeida Pilati) Foto: Josué Ferreira

NOI: Você é a diretora técnica estética da clínica Sterah. O que é mais interessante na sua atuação?

Franciele de Almeida Pilati: Toda parte de pele (peelings principalmente), e tratamento corporal, sou eu que realizo aqui na Clínica.

Você vem da escola da enfermagem, como foi essa sua transição de carreira?

Eu trabalhava em um hospital e foi acontecendo... me encontrei na área estética. Gosto de realizar sonhos, de trabalhar com autoestima. É legal porque vemos uma transformação muito grande nas pessoas.

Hoje é quase praxe... mesmo um jovem já se avalia, já é exigente em relação à sua beleza. Também há várias opções de intervenções. Observamos, paralelo a isso, que algumas pessoas não conseguem encontrar o momento de parar ou a harmonia ideal para si. Como são construídos os conceitos estéticos e como nós podemos ter boas referências de estética para aplicar à individualidade de cada um?

Cada pessoa é única, então não vamos fazer o mesmo trabalho para todos. Nós prezamos muito por naturalidade, nosso foco é o envelhecimento saudável, é tratar e não, necessariamente, modificar. Toda pessoa é bela e nós só precisamos acentuar isso cuidando para que o paciente chegue a uma determinada idade saudável, com a pele cuidada

Como a pessoa pode saber o que é natural para ela? Como saber qual é o ponto certo?

Há uma avaliação, uma harmonização facial diferente para cada pessoa. Talvez você precise de um preenchimento de olheiras e eu não, por exemplo. Por isso a avaliação sempre será individualizada, medindo a expectativa do paciente.

O que que mais prevalece, quem normalmente “ganha o debate”, o paciente ou vocês?

O paciente deposita uma confiança muito grande em nossa opinião. É importante falar sobre isso, porque é fundamental encontrar profissionais em quem se possa confiar. Há uma troca de ideias e, geralmente, prevalece mais a ideia do profissional. Temos credibilidade no que estamos fazendo. A Dra. Marina é muito conservadora e nós gostamos bastante dessa linha.

Como você se prepara para esse atendimento, para ter paciência (ou até para ter que debater um pouco mais) com o paciente insistente que, às vezes, quer algo que você não recomenda?

Esse primeiro contato é feito com a Dra. Marina. Eu acredito em chegar no meio termo. Às vezes a pessoa tem um sonho, baseado no que ela imagina que é o ideal, então não tem porque não darmos crédito para o que ela quer. Sendo saudável, eu acho legal.

Você se imaginava empresária?

Eu sempre quis empreender, mas nunca imaginei com o que. Mas sempre foi um sonho sim.

Como você avalia esse período?

Desafiador e emocionante. É um sonho realizado, mas, ao mesmo tempo, às vezes, temos divergências. Rimos, choramos, passamos por um turbilhão de emoções, mas vale a pena! Como nós quatro temos a mesma linha de pensamento, as coisas funcionam e dão certo, as coisas fluem e existe muito respeito entre nós. Isso é o melhor de tudo.

Vocês hoje atendem clientes de vários lugares do país. Você esperava alcançar isso em tão pouco tempo?

Nós batalhamos muito para isso mas nossa prioridade é o paciente. Nós passamos o tempo que for necessário aqui dentro. O que fazemos é muito importante para nós. Eu acredito que esse reconhecimento é mérito de toda a nossa dedicação e esforço.

O que é mais gratificante no seu trabalho?

É trabalhar com autoestima. Quando pensamos nos pacientes do transplante capilar, estamos falando de homens que, às vezes, não tiram nunca o boné. Há quem não saia de casa. Então é muito bom ver essa mudança na vida das pessoas, acompanhar quando elas passam a acreditar mais em si. Nós aprendemos muito aqui, diariamente.

Qual foi o aprendizado mais importante esse ano para você?

Paciência. Temos adversidades todos os dias. Temos que entender que tudo passa, que cada dia vai ser diferente. Eu sempre fui muito ansiosa, então trabalho muito esse meu lado. É preciso ter paciência e perseverar. O sucesso vem!

 

Entrevista | Caroline Pierosan