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Pelo Mundo

20/05/2019

ALASKA

Geleiras, Baleias, Salmão vermelho, pequenas cidades e muita natureza selvagem    

Oceano Pacífico com geleira ao fundo. Foto: Ademir Pierosan Construções típicas de madeira em Skagway. Foto: Ademir Pierosan Glaciar Mendenhall, Juneau. Foto: Ademir Pierosan Vancouver Vista Parcial. Foto: Ademir Pierosan Máquina para retirar gelo nas ferrovias. Foto: Ademir Pierosan Geleira Sobre Montanha. Foto: Ademir Pierosan Glaciar Bay. Foto: Ademir Pierosan

O Alaska é um dos 50 estados dos Estados Unidos da América, e o que tem a maior extensão  territorial. O Alaska não faz ligação por terra com o restante do país, pois, entre os dois, há o Canadá. A nossa (minha em companhia da minha esposa) viagem iniciou no porto de Vancouver, Canadá, onde embarcamos em um navio Holandês, com destino  ao Alaska. Antes do navio zarpar, tivemos um treinamento de segurança, sobre o que fazer, caso ocorressem problemas (como naufrágio por exemplo). Após um bom tempo de viagem, comentei que só se ouvia o idioma inglês, e que talvez não tivesse ninguém que falasse idiomas com origem no latim; português, italiano ou espanhol. Até que alguém falou muito alto, bem típico do comportamento italiano: Anastácia, “vieni qui”. Era um italino, jornalista, chamando sua filha pequena. Achei a cena muito engraçada. Com essa família fizemos amizade ao longo da viagem. Dormimos sete noites no navio com três paradas para conhecermos três cidades diferentes; Juneau, Skagway e Ketchikan.

Juneau é a capital do estado do Alaska. É uma cidade pequena e aconchegante. Apesar de estarmos em pleno verão local (com temperatura positiva), fazia frio. Mesmo assim conhecemos lugares incríveis na região. Realizamos a visita ao Glacier (geleira) Mendenhall: Esta geleira tem em torno de 19km de comprimento e fica a 19 km da cidade de Juneau. Perto deste local, pudemos ver também muitos salmões vermelhos que seguiam rios acima para fazer a desova em águas rasas e cristalinas. Como já estavam chegando ao seu destino, os salmões estavam muito exaustos, com muita dificuldade para nadar e seguir viagem; era hora da desova. Vimos Baleias! Perto dali, embarcamos num pequeno barco com o intuito de encontrá-las. O guia nos alertou que não havia certeza de vê-las. Navegamos por um bom tempo na expectativa, mas a recompensa veio. Conseguimos ver muitas baleias se exibindo. Pelo comportamento, possivelmente estavam seguindo, encurralando e se alimentando de um grande cardume de peixes. Na pequena e pitoresca Skagway vimos muitas construções antigas e bonitas de madeira. Caminhamos muito neste lugar, observando a arquitetura o comércio, e a flora. Ali, passeando pelas ruas, é possível ver uma geleira, no alto de uma montanha, tudo isso muito perto da cidade. Um encanto de lugar! Nessa cidade, tão remota, tinha uma loja da Harley-Davidson, onde comprei uma camiseta encomendada por um amigo.

Em Ketchikan, considerada a capital mundial do salmão, fizemos nossa última parada antes de retornarmos para Vancouver. Caminhamos bastante pelas ruas da cidade. Numa loja, havia um enorme urso polar empalhado, de pé. Na placa dizia que era o record mundial em tamanho. Caminhamos costeando um pequeno rio, sentido nascente para ver os ovos de salmão depositados no fundo, em águas límpidas. O salmão, sai do oceano e sobe o rio, geralmente onde nasceu, para desovar.  Os salmões do oceano pacífico morrem após a desova e liberam para o rio e mar, nutrientes adquiridos durante toda sua vida no mar. Vimos muitos salmões mortos sendo levados pela leve correnteza do rio. Essa parte não é bonita, mas é assim que funciona a natureza. Apesar da cidade ser pequena era possível ver o intenso sobe e desce de hidroaviões. A viagem toda de navio, tanto na ida como na volta, foi muito tranquila, pois a navegação aconteceu numa rota que fica entre o continente e muitas ilhas. Isso impede a formação de ondas, por isso, não tivemos balanço do navio. Cabe destacar, também, a cordialidade e eficiência dos trabalhadores do navio, tornando a viagem  ainda mais agradável.

 

Texto e Fotos Ademir Pierosan