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Pelo Mundo

08/04/2020

Finlândia - Estônia

A Finlândia é reconhecida por ter o melhor sistema educativo e ser a nação mais feliz do mundo

Tallinn Histórica, Estônia (Foto: Ademir Pierosan) Vista parcial de Helsinki a partir do navio (Foto: Ademir Pierosan) Sol da meia noite, Ivalo, Finlândia (Foto: Ademir Pierosan) Tallinn Histórica, Estônia (Foto: Ademir Pierosan) Sol da meia noite, Ivalo, Finlândia (Foto: Ademir Pierosan) Lagos e Florestas, Lapônia (Foto: Ademir Pierosan) Husky Siberiano, Muonio, Lapônia (Foto: Ademir Pierosan) Biblioteca Infantil, Rovaniemi, Circulo Polar Ártico (Foto: Ademir Pierosan) Sol da meia noite, Lapônia Finlandesa (Foto: Ademir Pierosan) Teto de Cobre da Igreja de Pedra, Helsinki (Foto: Ademir Pierosan) Interior da Igreja de Pedra, Helsinki (Foto: Ademir Pierosan)

Nossa chegada à Finlândia, foi pela capital Helsinki, oriundos de Estocolmo numa viagem de navio. A Finlândia é reconhecida por ter o melhor sistema educativo e ser a nação mais feliz do mundo. Claro que para alcançar esse status é necessário o suporte de muitos indicadores. A educação é estimulada por toda vida; em casa, escola, Universidade, trabalho, órgãos públicos... O nível de confiança nas pessoas e políticos, é muito grande. Também é considerado como o país mais seguro para viajar (isso que o número de policiais é relativamente baixo). Per capita, é menos da metade da Espanha por exemplo. É um dos países mais pacíficos do planeta.

O país também ostenta ser o que tem a maior cobertura florestal da Europa e é conhecido como o país dos mil lagos; são em torno de 180 mil. Educação, segurança, ótimos serviços: são característica de todos os países escandinavos, contudo, pelas minhas experiências (exceto Islândia, tive o privilégio de visitar todos) a Finlândia, está um degrau acima dos demais (e olha que ali existem adversidades geográficas e climáticas severas: no norte, gelo e escuro no inverno e sol 24 horas/dia no verão). No inverno, por ser muito frio e escuro, muitas pessoas são acometidas por desânimo e depressão. A Finlândia também é muito conhecida pela quantidade e qualidade das saunas. Existe no país, em média, mais de uma sauna para cada duas pessoas. Experimentei duas delas e realmente são ótimas. Perto das saunas tinha belas piscinas com água límpida e bem gelada para intercalar com o calor. Pelo menos parte dos profissionais da medicina, defende que esse tipo de choque térmico é salutar.

A capital Helsinki, é uma cidade bonita e agradável. Como estávamos no verão local, uma abundância de vegetação e flores embelezavam ruas, avenidas, praças e parques. Para quem gosta de verde e flores, como eu, o cenário representou um show de cores vivas ao ar livre. Caminhar pelas ruas de Helsinki é muito tranquilo, nem parecia que estávamos numa capital. Ali visitamos a “igreja de pedra”, uma das atrações da cidade. Ela foi construída literalmente no meio da rocha, com interior muito bonito, espaçoso, teto circular feito de cobre, boa música sendo tocada num belo órgão com os tubos do mesmo fazendo parte da decoração e com ótima acústica. Um ousado projeto arquitetônico, um lugar magnífico. Em termos religiosos, além da Finlândia, toda a Escandinávia, tem forte formação Luterana.

 

LAPÔNIA

Chegamos em Rovaniemi (que fica no Círculo Polar Ártico) num voo de Helsinki para iniciarmos uma aventura por terra até o extremo norte da Noruega, explorando assim, tanto na ida quanto na volta a Lapônia Finlandesa. Neste local se formou um grupo de pessoas de idioma Espanhol, Italiano e Português. Predominou os Italianos. Eu e minha esposa éramos os únicos brasileiros, a guia falava somente italiano e espanhol.

A educação na Finlândia é claramente perceptível por meio dos bons serviços prestados; hotéis, restaurantes, taxis, museus, lojas, bares, aeroportos, trens, navios, feiras... Em Rovaniemi, tive duas experiências que me chamaram atenção sobre bom atendimento. Mesmo não precisando, fiz questão de cortar o cabelo para sentir melhor a qualidade dos serviços. Não deu outra, mesmo a cabeleireira sabendo que provavelmente jamais retornaria lá, foi profissional e gentil; sem pressa, nitidamente tentado fazer o melhor, atendimento de excelência.

Após retornarmos do circuito que fizemos por terra pela Lapônia, esqueci uma carteira dentro do ônibus. Apesar do motorista já estar longe, se deslocando para outro destino, quando soube, retornou ao hotel onde eu estava, sem reclamar ou cobrar nada. Em Rovaniemi, visitamos uma biblioteca infantil, podendo ter uma noção do porquê a educação vai muito bem no país; móveis adequados conforme o tamanho das crianças, conforto, poucas crianças para cada professor, ambiente muito aconchegante; ou seja, condições ótimas condições para aprender e lecionar.

Seguindo para o norte, em Muônio, visitamos uma enorme criação de cães husky siberianos, que são empregados no inverno para tração dos trenós. Essa cidade também é famosa pela grande quantidade de mosquitos pernilongo no verão. As pessoas locais foram muito criativas, vendem camisetas e outros souvenirs com a foto do mosquito e com a frase “força aérea da Lapônia”. Em Ivalo, já tarde da noite, saí para fotografar o sol da meia noite, mais um show de imagens.

Por motivos profissionais, minha esposa precisou retornar três dias antes. Fiquei sozinho, inclusive sem o grupo, que já tinha se dispersado. Estive parte do tempo em Rovaniemi, depois retornei para Helsinki num voo onde pude conhecer melhor a cidade e, também, fui para Tallinn, capital da Estônia, que fica a 2,5h e Helsinki de navio. A Tallinn histórica é considerada a cidade medieval mais bem preservada da Europa. Banhada pelo mar báltico, a cidade é o centro cultural do país. É possível ter uma bela vista panorâmica na parte alta. No verão, a cidade também é repleta de flores. Recomendo passar pelo menos um dia caminhando pelas ruelas e praças.

As vezes as pessoas me dizem que o Brasil tem muitos problemas, como corrupção, insegurança, serviços precários... por ser muito grande ou muito novo. Logo discordo dando exemplos como o Canadá (que é muito maior que o Brasil) e outros mais jovens como Austrália, Nova Zelândia, Israel e a própria Finlândia: todos em situação sócio-econômica muito boa.

Também costumo comentar que os governos são amostras da sociedade. Os políticos não vierem da lua ou marte, saíram do nosso meio. Se quisermos governos honestos e competentes devemos tentar viver e ensinar bons valores; como falar a verdade, praticar a honestidade e termos especial consideração e atenção com os outros, ou seja tentarmos viver o protagonismo que o próprio Jesus nos ensina: “faça aos outros aquilo que gostaria que fizessem pra ti...” (Mateus 7:12), comecemos por nós.

 

Viagem I Julho - Agosto 2013
Ademir Pierosan