Menu

Pelo Mundo

20/05/2019

"TACHI DELEK", bem vindo ao Nepal!

País de vários grupos étnicos e raciais e terra de santos, monges e profetas que procuram um lugar de inspiração    

Local de nascimento de Siddharta Gautam, Buda, o "iluminado", é o destino de milhões de peregrinos de diferentes escolas budistas Os santuários religiosos incluem stupas, chaitya, chorten, gompa, pagoday e sikhara A stupa é um monumento budista, com uma forma esférica constituída por um plinto elevado, uma cúpula, uma torre sineira e uma cúspide A bandeira nacional é triangular, tem dois triângulos idênticos; O triângulo é uma figura sagrada que conota a lei moral, a virtude religiosa e uma harmonia sincronizada; a cor da bandeira é vermelha com as bordas azuis As stupas importantes são Swoyambunath e Boudhanath, em Katmandu e a stupa de Ashokan em Patan. Chaitya é uma pequena stupa que tem Dhyani Buddha em todos os quatro lados O terceiro olho simboliza conhecimento, sabedoria. Sob os olhos há um símbolo que representa o número um no Nepal, que indica o caminho único e verdadeiro por meio de Buda Chaitya é uma pequena stupa que tem Dhyani Buddha em todos os quatro lados O país é geograficamente uma terra de contrastes, como sua cultura. Apresenta um dos terrenos mais acidentados do mundo e uma grande variedade de paisagens em pequenas áreas

A história do Nepal é muito antiga, uma mistura de mitos e lendas. O povo nepalês é hospitaleiro e cortês com os estrangeiros. De acordo com sua filosofia "o convidado é um deus disfarçado”. O caminho para saudar uma pessoa, unindo as palmas das mãos fazendo um arco, significa dizer: Namastê ou Namaskar. Os budistas oferecem um lenço branco chamado de khataDhanyabad significa “obrigado” em nepalês. Tachi Delek é o cumprimento na língua tibetana. O Nepal tem suas próprias tradições, crenças e superstições que são o resultado da coexistência de diferentes grupos étnicos, castas, geografia, história e religião. Ali, há várias categorias de divindades (dizem que há mais divindades do que seres humanos): hindus, budistas, híbridas e tântricas.

O Nepal é “O Olimpo” de inúmeros deuses e deusas representados nas esculturas encontradas nos templos. É um país onde há sincronismo religioso e uma perfeita harmonia entre o hinduísmo e o budismo. Sua riqueza cultural é muito variada e não se manifesta apenas em templos, lugares sagrados e imagens sobre os murais, mas também se reflete no estilo de vida de seu povo, na forma de religião, na maneira de comemorar os feriados. Anualmente, são celebradas mais de 50 festas! O Nepal é chamado de “a terra dos festivais”. Essas festas são religiosas, históricas, lendárias ou sazonais. No Nepal pode-se encontrar uma grande variedade de artesanato de todos os tipos. A maioria dos objetos é feito à mão, sendo muito apreciados por suas formas e desenhos típicos.

O país é geograficamente uma terra de contrastes, como sua cultura. Apresenta um dos terrenos mais acidentados do mundo e uma grande variedade de paisagens em pequenas áreas. A variedade em altitudes e climas se reflete na mistura de estilo de vida, cultura, vegetação, flora e fauna. Kathmandu é a capital do Nepal. Com uma altitude média de 1.330 metros, inclui duas outras cidades antigas, Patan e Bhaktapur. Em Katmandu há sete locais declarados Patrimônio Mundial pela UNESCO, as ruas de Kathmandu, Patan e Bhaktapur, o templo de Pashupatinath, stupas Swoyambunath e Boudhanath e o templo de Changu Narayan.

O Himalaia tem sido um lugar de meditação para santos e ascetas. Nos vários mosteiros os monges budistas (Lamas) praticam os ensinamentos de Buda, o apóstolo da paz. A cordilheira é ideal para montanhismo e caminhadas. Subir as montanhas é uma grande aventura. Caminhar no Himalaia dá vigor à mente e ao corpo. Os Himalaias também desempenham um papel importante no clima do país longo. Com certeza o Nepal é o lugar mais original que já conheci, pela diversidade de sua cultura, pelos lugares para aventurar-se e por sua impressionante beleza natural, seus museus e seus antigos templos e lugares sagrados.

Minha caminhada por este país tem a ver com a minha busca pelo conhecimento e prática dos Ritos Tibetanos, aprendizado que tive aqui no Brasil com a terapeuta Eneida Caetano, que trouxe estes movimentos ritualísticos para cá há mais de vinte anos e que os disseminou por meio da publicação do livro “ Os 21 Ritos Tibetanos”. A viagem ao Nepal, acompanhada por ela, teve um significado muito importante para a minha vida, pois lá pude conferir que uma boa teoria não anda longe da prática, entendo que podemos nos ressignificar diariamente. Além de muitas visitas a lugares sagrados e contatos com Mestres e Rinpoches importantes,  estudar o caminho do Dharma e a natureza da mente foi outro ponto importante. Convivendo com o povo tibetano fica mais fácil compreender que a felicidade não reside do lado de fora. Até, porque, se leva um bom tempo para compreender o que isto, de fato, significa. 

 

Nepal é um retângulo localizado no sopé dos Himalaias, limitado a norte pelo Tibete - Região Autónoma da China, a sul, a leste e a oeste pela Índia. Sua superfície é de 147.181 quilômetros quadrados, com uma área de 880 quilômetros quadrados de leste a oeste e sua largura varia entre 145 e 241 quilômetros, de norte a sul. A altura do país oscila entre 70 metros acima do nível do mar até o ponto mais alto da terra, o Monte Everest, (Sagarmatha em nepalês e Chomolungma em tibetano), que atinge 8.848 m, popularmente chamado como "o telhado do mundo" ou "o terceiro pólo do mundo". Este país é formado por um enclave sem costas e o porto mais próximo fica na Índia, a 960 km (Calcutá). As condições climáticas variam do tropical ao ártico. O país tem ecossistemas variados, grandes cadeias montanhosas, florestas densas que abrigam uma abundante vida selvagem, rios extraordinários, colinas com muita vegetação e vales congelados.

 

Lumbini: Local de nascimento de Siddharta Gautam, Buda, o "iluminado", é o destino de milhões de peregrinos de diferentes escolas budistas. Ali há o pilar erigido pelo imperador Ashoka no ano 245 a. C; e a lagoa sagrada, Pusharmi, onde Mayadevi, a mãe de Buda, tomou banho antes de dar à luz. Atualmente em Lumbini encontram-sevários Monastérios que preservam arte e arquitetura, além de toda a espiritualidade que o próprio Buda representa.

Stupa de Boudhanath: Os santuários religiosos incluem stupas, chaitya, chorten, gompa, pagoday e sikhara. A stupa é um monumento budista, com uma forma esférica constituída por um plinto elevado, uma cúpula, uma torre sineira e uma cúspide. A cúspide representa o caminho para a iluminação; os olhos serenos de Adi - Buda olham para as quatro direções e observam os atos dos seres humanos. O terceiro olho simboliza conhecimento, sabedoria. Sob os olhos há um símbolo que representa o número um no Nepal, que indica o caminho único e verdadeiro por meio de Buda. As stupas importantes são Swoyambunath e Boudhanath, em Katmandu e a stupa de Ashokan em Patan. Chaitya é uma pequena stupa que tem Dhyani Buddha em todos os quatro lados.

Bandeira: A bandeira nacional é triangular, tem dois triângulos idênticos. O triângulo é uma figura sagrada que conota a lei moral, a virtude religiosa e uma harmonia sincronizada; a cor da bandeira é vermelha com as bordas azuis. O triângulo acima tem uma lua crescente branca e a parte inferior é um sol branco radiante. O sol e a lua são portadores das orações hindus e budistas e também são considerados símbolos védicos de permanência.

 

Matéria Rosângela Meletti