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25 ANOS, 11 FUNÇÕES E INCONTÁVEIS APRENDIZADOS

“As empresas precisam participar da transformação digital e oportunizar que a sua rede de relacionamentos, clientes e parceiros também usufruam desse novo mundo”

Robson Rizzotto Diretor Comercial e Marketing da FOCCO Sistemas de Gestão tem conexão com a marca há 25 anos. Praticamente toda a sua vida profissional foi construída dentro da empresa. A seguir ele fala sobre essa rara experiência, sobre posicionamento de mercado, e sobre planejamento de marketing, numa era em que tudo fica obsoleto em ciclos de cerca de seis meses.

Caroline Pierosan: Robson tu começaste aqui na empresa há 25 anos, estavas no início da tua carreira profissional e também ingressando no mercado de trabalho. Hoje és o Diretor Comercial e de Marketing da FOCCO. Qual é o segredo para um profissional que quer construir um caminho de sucesso em qualquer organismo empreendedor?

Robson Rizzotto: Eu entrei para o grupo muito jovem, com 14 anos. Minha primeira função foi ser auxiliar de office-boy (não era nem o boy – veja bem! – risos). Nesse meio tempo eu desenvolvi 11 diferentes funções, todas importantes. Ao longo desses 25 anos, me ausentei por dois anos, quando tive a oportunidade de morar nos Estados Unidos. Foi também uma chance que a empresa me deu de sair para me desenvolver. Ao retornar eu passei por duas funções que foram a de Consultor e outra na área Comercial. Estou nesse setor desde 2006, e desempenho um papel de gestão desde 2010. Vejo que conquistei a Diretoria Comercial e de Marketing como reconhecimento por minha história de trabalho, e pela perseverança. Então eu acredito que a perseverança é fundamental para que alguém hoje tenha êxito na vida profissional. É preciso acreditar, estudar e se qualificar. Ou seja, estar preparado para as oportunidades que, com certeza virão.

Muito tem se comentado sobre a fragilidade da geração que hoje ingressa no mercado. Seriam pouco resilientes?

Hoje é muito fácil desistir. Até mesmo considerando o âmbito pessoal, em se tratando de casamentos, de instituições. Está muito fácil romper, trocar, mudar, então, com a abertura proporcionada pela globalização e a facilidade que os novos negócios estão gerando para que pessoas independentes trabalhem da onde quer que seja (muitas vezes em lugares distantes das empresas) faz com que os profissionais troquem, se mudem, e, talvez, não deem tanto valor ao que a empresa está entregando, como segurança, estabilidade e oportunidades internas. Por isso eu digo que perseverar é muito importante. Não só na questão profissional mas, muito mais, quando se pensa em aprendizado. É importante buscar qualificação e conhecimentos diferentes para, também ser um profissional diferente. Óbvio que é importante ser especializando em algumas frentes mas, buscando, sempre, um conhecimento mais holístico.

Onze diferentes funções. Não é qualquer pessoa que se dispõe a aprender tantas coisas diferentes. De que forma esse processo foi importante para a sua vida?  

Foi uma construção. As coisas foram acontecendo nesses 25 anos e, se você me perguntar “você programou isso”, eu direi que não. É claro, de um tempo para cá sim, tenho trabalhado na concretização de algumas buscas. Mas eu não programei, há 25 anos, que eu ainda estaria na FOCCO. Eu entrei por acaso e me desenvolvi aqui. Considerando todas as experiências que eu pude viver nesse grupo, sabes que me parece pouco?

Qual é o posicionamento de marketing adotado pela empresa hoje?

Por cerca de 29 anos a FOCCO foi uma empresa de sistemas de gestão. Nós desenvolvíamos algo focado em tecnologia. Depois, mudamos nossa tag para soluções de gestão. Então precisamos estudar com mais amplitude e abrir o leque de opções de divulgação. Isso nos transformou em um parceiro muito mais estratégico para todos os clientes com os quais a gente atua. Hoje levamos para todos alternativas que o mundo tecnológico está oportunizando, sempre focando em melhorar desempenho e performance.

Como que tu entendes o marketing ideal para uma empresa hoje?

Talvez o marketing hoje seja uma das verticais que mudam com maior velocidade. Então, por exemplo, tudo que a gente aprendeu, há seis meses, estará sempre, praticamente, obsoleto. O ambiente digital é a bola da vez. Então a empresa, para se diferenciar, tem que participar da transformação digital e oportunizar que a sua rede de relacionamento, clientes e parceiros também usufruam desse mundo. O intuito é tornar-se referência, levando conteúdo e conhecimento para o mercado, por meio de cases de sucesso da nossa própria história ou a partir de outras oportunidades que aparecem no mercado dia a dia.

Qual seria a estratégia comercial ideal no mercado de TI?

Não existe uma receita pronta. Não existe algo ideal. A FOCCO é mais uma empresa que está listada dentro de um país complexo como o Brasil e ela se posicionou muito bem quando afirmou que “quer ser referência em solução de gestão para todos os clientes que atende”. Entendemos a responsabilidade que isso traz e, o ideal para nós, seria, realmente, entregarmos mais performance por meio do uso de ferramentas que a tecnologia nos possibilita. Principalmente com uma equipe satisfeita e feliz com o que faz. Daí a nossa campanha, “ame o que você faz”.

 

ENTREVISTA I CAROLINE PIEROSAN
FOTOS I JOSUÉ FERREIRA
DECUPAGEM E PRODUÇÃO I FERNANDA CARVALHO