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Um Negócio Grandioso II

“As pessoas precisavam de uma universidade que lhes ajudasse a criar um sonho de vida. Foi com a Unicesumar que eu encontrei essa resposta” (Terezinha Schmitt)

Caroline Pierosan: Como você conheceu a instituição e porque decidiu trabalhar com ela?

Teresinha Maria Schmitt: Conheci a Unicesumar em 2006. Na época era professora de matemática da rede pública, da rede particular e também no ensino superior. Eu conheci uma escola da qual fui sócia fundadora (uma escola de EJA), na qual trabalhávamos com funcionários do chão de fábrica. Eu atuava na formação básica dos trabalhadores. Nessa ocasião percebi que as pessoas muitas vezes têm uma capacidade enorme, mas um sonho relativamente pequeno – nesse caso, apenas concluir a formação básica. Eu quis, por meio da minha influência como professora instigá-los a irem além, e foi aí que eu tive uma ideia. Propus à nossa diretora que montássemos uma universidade. Então ela me convidou para conhecer a Unicesumar em Maringá. Fiquei encantada pela visão. Era exatamente aquilo que eu queria para os meus alunos trabalhadores. Eles precisavam de uma universidade que os contemplasse como um todo, não apenas no aspecto intelectual. Precisavam de uma universidade que lhes ajudasse a criar um sonho de vida. Foi com a Unicesumar que eu encontrei essa resposta. 

Qual é a importância do sonho na vida de uma pessoa?

Um dos grandes desafios como professor, é fazer com que o ser humano dê “um passo a mais”. Via nos meus alunos um potencial muito grande. Eram “profissionais de tirar o chapéu”, só que, o sonho deles era limitado: concluir o ensino médio e permanecer naquele emprego.

Faltava ambição?

Exato! Eu queria fazer com que fossem além! A proposta da Unicesumar é trabalhar com a pessoa neste sentido. Foi assim que eu me encantei pelo projeto.

Além de fomentar a educação, a ideia é fomentar sonhos ousados?

Exatamente! Eles tinham habilidades mas não tinham a fundamentação ou o conhecimento científico que precisavam para exercer uma profissão. Associado a isso, o mundo tecnológico estava surgindo e eles, com tanto potencial, sem ninguém que o canalizasse para o desenvolvimento. Faltava a ousadia que o ser humano precisa ter, a ambição de ser alguém na vida, além do trivial do dia a dia.

O que é mais determinante, o aspecto técnico da formação ou ter esse sonho grande, essa ambição “um pouco além”?

Para os sonhos não há limite. O ser humano tem dentro de si um potencial divino de sabedoria. Ele pode chegar onde quiser, mas precisa acreditar em si. Muitais vezes o ser humano se perde na vida, quando deixa de acreditar. Quando despertamos no aluno, que ele tem esse potencial, ele vai em busca disso. 

Sem isso...

Sem isso o aluno se torna um mediano da vida…

O que tinha de diferente no projeto da Unicesumar que mais chamou a sua atenção?

O que me chamou a atenção foi a visão ampla sobre o ser humano. O aluno é incentivado como um todo, não só no intelecto. Trabalha-se o lado espiritual, o lado emocional, o lado social, o que ele está fazendo aqui na Terra, qual a sua missão, o quanto ele pode crescer, o quanto ele precisa acreditar em si. Tudo que o ser humano precisa está dentro dele, a essência ele tem, mas ele precisa se desenvolver. A Unicesumar tem várias propostas para desenvolver, a partir da sua metodologia, esse cidadão, esse estudante, em toda a sua essência. A Unicesumar foi a única universidade que eu conheci com essa visão.

Você avalia que uma pessoa que não desenvolveu essa auto confiança pode não perceber quando está recebendo boas oportunidades, pode se boicotar?

Com certeza. Ela fica com medo de participar do desconhecido, ela não é ousada. É importante desenvolver isso na pessoa, porque se ela desenvolver essa ousadia de “ir além”, ela acabará buscando um caminho correto, por meio da educação.

Como tem sido envolver os seus dois filhos nesse projeto?

Estou muito feliz. Família é o maior patrimônio que a gente pode ter. Quando você tem um sonho e seus filhos levam este sonho adiante quando você se aposenta, é muito gratificante. Quer dizer que a educação que você transmitiu foi forte!

Professora de matemática! Qual é a função social de um professor de matemática?

O ensino da matemática na sociedade era uma dificuldade, as pessoas já vinham com trauma desde pequenos e eu queria quebrar isso. Minha gratificação como professora dessa disciplina foi ensinar o conhecimento de uma maneira lúdica e criativa para que o aluno o absorvesse com sabedoria, para resolver a vida dele. Todos precisamos saber sobre cálculos para nos darmos bem na vida, para organizarmos as finanças. O meu ensino da matemática sempre foi voltado para o ser humano. Trabalhei muito em cursos de formação de professores e sempre defendi o ensino com amor. Tudo que você ensina com amor as crianças aprendem.

Quais são os seus sonhos hoje? 

O meu sonho hoje é deixar um grande legado em educação. É facilitar que as pessoas busquem ter uma vida digna. O conhecimento liberta o ser humano, e transforma vidas. O meu legado é transformar as pessoas em seres humanos melhores para o nosso planeta, por meio da educação.

 

ENTREVISTA E EDIÇÃO I CAROLINE PIEROSAN
IMAGENS I JOSUÉ FERREIRA