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Reportagens

17/09/2020

Desafio: Comunicação

Assuma a liderança do seu processo de comunicação e observe os resultados se tornarem cada vez mais assertivos!

"A era da comunicação e da transformação digital impele a todos, absolutamente, à reinvenção pessoal como comunicadores"  (Foto: Josué Ferreira)

Há cerca de 6 anos coordeno a produção, a edição e publicação da revista NOI. Nessa jornada, ajudei a conceber, executar e finalizar mais de 2.000 projetos para marcas de diversos segmentos. Posso falar que, de certa forma, “assino todos eles”. Nesse caminho de muito aprendizado e crescimento (para mim e para os clientes), consolidei algumas percepções que tenho compartilhado com o mercado de forma organizada, por meio de assessorias personalizadas, de acordo com as necessidades de cada profissional e empresa. Meu objetivo é ver a Serra Gaúcha repleta de pessoas, marcas e projetos que se comunicam com excelência, beleza e sucesso.

A comunicação qualificada é uma das (se não a) mais importante ferramenta estratégica de um negócio, e de qualquer projeto. Quem se comunica bem existe mais, vive mais, impacta mais e, por consequência, “ganha” mais também. Todo profissional qualificado precisa compreender, abraçar e liderar os processos de comunicação em sua vida e empresa. Diante desse importante convite passo a compartilhar (aqui e em todas as minhas redes sociais com fotos, áudios e vídeos) tudo o que aprendi ao longo de mais de 15 anos atuando como profissional de comunicação.

Passei por funções em TV, rádio, assessoria de imprensa, agências produtoras de vídeo e pela redação dessa revista. Já fui produtora, redatora, editora, diretora de imagem, fotógrafa, arte finalista, e também estagiária (como tudo começou). É uma jornada rica e feliz que, como mulher brasileira atuando na área da comunicação, tenho o prazer de trilhar. Sou muito grata por cada etapa, por cada passo desse caminho. Hoje, portanto, é chegada a hora de compreender e posicionar que, a soma dessas experiências e a composição dessas vivências, me autoriza a considerar-me estrategista da comunicação. Quer saber como você, o seu grupo de profissionais e a sua empresa pode se comunicar mais e melhor? Acompanhe (por aqui e pelas redes sociais) tudo o que tenho para compartilhar! Vamos começar a liderar a sua jornada?

 

O QUE É COMUNICAÇÃO QUALIFICADA?

A comunicação qualificada é uma incrível jornada, seja ela pessoal ou corporativa. É uma fonte inesgotável de alegria e, também, pode ser um pesadelo (se você estiver enfrentando uma crise por exemplo). Tudo dependerá das escolhas que fizer, do trabalho que desenvolver, e das importantes decisões sobre o passo a passo nesse caminho. A era da comunicação e da transformação digital impele a todos, absolutamente, à reinvenção pessoal como comunicadores. Comunicar, hoje, significa, para profissionais de todas as áreas, de fato, existir mais. Comunicar deve fazer parte da rotina do profissional contemporâneo e o bem comunicar pode descortinar um mundo incrível de oportunidades que você jamais imaginou.

Como encontrar o equilíbrio entre formalidade / espontaneidade? Como saber se estamos fazendo marketing, jornalismo, publicidade, marketing de conteúdo, venda direta ou absolutamente nada com um propósito definido (até mesmo, muitas vezes, sem sequer notar, prejudicando o próprio negócio)? O que é pauta a respeito da sua vida e do seu trabalho? Qual é a imagem que mais serve ao seu propósito profissional? Que tipo de fotos você precisa ter para mostrar ao mundo a sua personalidade, seus valores, caráter, e a qualidade da sua atuação? Em quais plataformas você deve se comunicar ou marcar presença? Quais deve evitar? Que tipo de exposição não serve para você? Como montar um cronograma assertivo e progressivo de divulgação das informações (a respeito da sua vida e trabalho) que podem te trazer resultado? Como será a sua atuação nesse mundo que abre suas fronteiras para muito além da sua família, amigos e colegas diretos de profissão? Essas são todas reflexões que precisaremos enfrentar para o resto de nossas vidas.

 

MITOS E VERDADES SOBRE COMUNICAÇÃO

Muitas pessoas deixam de comunicar melhor em suas vidas (e principalmente nas plataformas digitais) porque acreditam em algum desses mitos:

1) ESPONTANEIDADE 

MITO: para ser boa de verdade a comunicação precisa ser espontânea.

VERDADE: antes da publicação de qualquer produto de comunicação qualificada há um grande trabalho de planejamento, e de estratégia. Há escolha de pauta, de fontes, de produção de imagem e de edição, entre diversas outras atividades. A comunicação qualificada é intencional e não necessariamente espontânea. É claro que, comunicadores profissionais conseguem ser mais espontâneos porque estão acostumados a aplicar técnicas. Você pode (e deve) ser intencional até que consiga ser espontâneo com qualidade.

2) MERECIMENTO

MITO: as pessoas que aparecem “merecem” estar lá. Só quem “merece”, aparece.

VERDADE: a escolha das fontes se dá por diversos motivos: autoridade, conveniência, disponibilidade, acessibilidade, tendência a falar o que o comunicador quer, etc. Ou seja: não é exclusivamente porque a pessoa “merece” que ela ganha destaque. Todas as pessoas que realizam seu trabalho com seriedade e competência podem (e devem) comunicar a respeito do que fazem e sobre si. 

3) FACILIDADE  

MITO: as pessoas se comunicam bem porque têm facilidade. Quem não tem facilidade não deve arriscar. 

VERDADE: quem tem facilidade para exercer a comunicação qualificada o tem porque já treinou muito. Ninguém nasce sabendo. Todos podem e devem evoluir (trabalhando desafios pessoais) em seu ritmo, conforme seu potencial. 

4) FUTILIDADE 

MITO: as pessoas que priorizam a comunicação (principalmente a on-line) são fúteis.

VERDADE: a comunicação (all-line) é uma atividade extremamente estratégica, como qualquer outra (estudar e trabalhar, por exemplo). Pessoas que se comunicam bem, qualificadamente e com frequência, compreenderam isso. As pessoas é que são fúteis (ou não) e não a atitude de comunicar, ou os meios usados para isso. Ou seja – o conteúdo só será fútil se você quiser. Ao procurar se comunicar bem você demonstra que é inteligente e estratégico. 

5) PERDA DE TEMPO

MITO: “parar” para pensar e executar isso tudo toma muito tempo.

VERDADE: quando percebemos a amplitude de alcance e o resultado que uma comunicação assertiva gera, compreendemos que, na verdade, comunicar-se com estratégia e eficácia nos faz ganhar muito tempo. É uma atividade investimento! Colheremos os frutos a médio e longo prazo de todo o tempo investido para qualificar a comunicação. 

6) FALSIDADE

MITO: as pessoas que se comunicam muito (principalmente nas plataformas digitais) são falsas. 

VERDADE: não buscamos melhorias em todos os aspectos da vida? Não buscamos evoluir intelectualmente, financeiramente, amorosamente? Não procuramos ter uma boa saúde, boa estrutura para morar, etc? Então por que a comunicação interpessoal ou corporativa pode ser feita de qualquer jeito? Investir na produção e no aprimoramento da comunicação demonstra que se valoriza a vida e o trabalho. Apenas isso. De forma alguma isso fomenta falsidade.  

7) COMUNICAÇÃO É FALAR E ESCREVER 

MITO: como não disse nada e não escrevi nada (ou não postei nada), não comuniquei...

VERDADE: desde o momento em que “surgimos” em um ambiente (real ou virtual) estamos comunicando. As pessoas que sabem disso passam a atentar para a sua apresentação pessoal, para a postura, para onde direcionam o olhar, para o tom da voz e para o que dizem, para como se comportam, para absolutamente tudo o que fazem – e “postam”. Lembremos sempre: tudo comunica! Até mesmo “não fazer nada”...  

 

PRODUÇÃO!

Esse tópico é inevitável. Por quê? Por que a aparência das pessoas chama tanta atenção? Por que o ser humano é instintivo. Um dos nossos sentidos mais rápidos é a visão. Nosso cérebro treinou para, rapidamente, avaliar qualquer figura que estiver na nossa frente, para poder nos orientar quanto ao que fazer: fugir ou ficar, confiar ou não, desarmar ou “levantar guarda”. Então não adianta! Vamos precisar pensar nisso também (e jamais apenas nisso) se quisermos ser mais eficazes na nossa comunicação com o público alvo.

Há dois caminhos: ou ficar defendendo o gosto pessoal e deixar que ele, talvez, atrapalhe o trabalho; ou entender que pensar nisso faz parte do trabalho enquanto se estiver trabalhando. A pergunta que precisamos responder é: se fôssemos uma pintura, o que estariamos comunicando? Há muitas pessoas muito inteligentes que não conseguem transmitir o seu valor tão rápido porque se recusam a adaptar a forma como compõe a sua plataforma pessoal. Ou seja, a aparência desses competentes profissionais diverge absolutamente ao discurso e à sua entrega de valor.

Por exemplo: seria como querer falar de maquiagem de cara lavada, ou como querer falar de algo sério com uma roupa de palhaço, ou, ainda, como ir para uma reunião corporativa de pijamas. Os exemplos são exagerados, fato, mas é para entendermos que, se quisermos parar de perder tempo explicando tanto “ao que viemos” e “quão bons podemos ser”, muitas vezes bastará ajustar alguns detalhes. Bastará entender um pouco de dresscode, de cores, de ambientes e de símbolos sociais. Pronto! A Introdução estará feita! Já se pode ir direto ao ponto! A mensagem é mais importante que o mensageiro. Se a missão é importante, vale a pena adaptar-se um pouco para facilitá-la. Se você não sabe por onde começar, ou não gostaria de trilhar esse caminho sozinho, busque o apoio de um especialista em produção ou comunicação social que possa auxiliar!

 

GOSTO PESSOAL, BELEZA OU ESTRATÉGIA?

A aparência é um tópico delicado pois envolve questões profundas da nossa formação como pessoas, influências culturais, opiniões da nossa família, da mídia, campanhas da indústria da moda, nossas referências enquanto jovens e hábitos consolidados que, talvez, não harmonizem com nosso propósito de vida e trabalho hoje. A seguir, vamos desmistificar algumas ideias no intuito de posicionar a produção visual (que também podemos chamar de ‘aparência’) como uma ferramenta de trabalho.

 

1) GOSTO PESSOAL

MITO: eu devo me arrumar respeitando meu gosto pessoal.

VERDADE: o seu gosto pessoal muitas vezes não é o gosto do seu cliente, ou, melhor dito, não atende a expectativa dele em relação ao papel que você desempenha. Ou seja, ele não correlaciona a sua imagem ao que você deveria simbolizar, de acordo com a sua profissão. Uma pergunta importante de responder para si, antes de se produzir é: como o meu cliente quer me ver?

2) TENDÊNCIA DE MODA

MITO: Devo seguir as tendências de moda no que tange roupas, assessórios e demais elementos.

VERDADE: isso depende! Você trabalha com moda? Então é importante estar atualizado. Se esse não for o caso, é melhor não mudar muito drasticamente a forma de vestir – a não ser que você tenha mudado (também drasticamente) o perfil do cliente que está atendendo. Busque uma identidade visual própria, que terá lógica em todas as estações, bem como harmonizará acessórios, roupas e demais elementos. Cuidado com itens fashionistas que chamam muita atenção para o produto, roubando seu protagonismo. Lembre: quem precisa aparecer é você, e sua competência – e não o estilista. Evite “fazer propaganda” de grifes, como se você fosse um “embaixador” da marca – a não ser que isso sirva ao seu propósito com determinado cliente.

3) BEM – ARRUMADO

MITO: basta estar “bem-arrumado” e tudo andará bem!

VERDADE: o “bem-arrumado” é um conceito relativo, pois se relaciona ao primeiro tópico (gosto pessoal). Portanto, o que significa “bem-arrumado” para você pode não significar “bem-arrumado” para o cliente. Você corre o risco de estar “aquém” ou “além” da expectativa, ou, pior, totalmente destoante, mesmo estando “bem-arrumado”, na sua concepção. Pense na produção como uma ferramenta de trabalho que comunica informações sobre o que você vai fazer. O que quer comunicar? Qual a melhor ferramenta para isso?

4) BOA PRODUÇÃO É CARA

MITO: roupas “boas” são as de marcas caras.

VERDADE: roupas (e acessórios) bons são os que comunicam as mensagens que lhe servem. As roupas não precisam ser necessariamente caras, ou de marcas renomadas, mas precisam comunicar, principalmente com elementos como cor, corte e texturas, as informações que harmonizam com a sua função, cargo, posto ou papel em determinado projeto.

5) É MELHOR AQUÉM

MITO: é melhor ser a pessoa mais simples na ocasião.

VERDADE: não necessariamente. Dependendo da situação e do objetivo, você deve ser a pessoa que “nivela por cima”, principalmente se você for o líder do projeto (por exemplo). Você precisará aprender a “ler” o cenário e identificar o perfil do receptor das suas mensagens para optar com sabedoria a respeito das suas ferramentas de comunicação visual.

6) A ROUPA RESOLVERÁ TUDO

MITO: se eu estiver vestido da cabeça aos pés com roupas caras, não precisarei fazer mais nada.

VERDADE: não basta vestir o corpo, é preciso vestir a mente. É preciso estar confortável naquela produção, como se fosse naturalmente sua. Como se fosse rotineira, como se fizesse sentido. Se você ficar o tempo todo rejeitando as próprias ferramentas (principalmente com piadas e trejeitos corporais), as pessoas perceberão que isso “não faz parte” da sua essência, e você prejudicará a sua comunicação.

7) A OPINIÃO DE ALGUÉM

MITO: devo sempre perguntar a opinião de algum familiar ou amigo sobre minha produção

VERDADE: você (quando está trabalhando) não se veste para familiares e amigos. Você tem um propósito com suas ferramentas visuais. Não deixe o gosto pessoal de pessoas que não são seus clientes lhe influenciar (quando o propósito for trabalho). Foque no seu objetivo, e use as ferramentas visuais com propriedade e confiança.

 

GESTÃO DO CONTEÚDO! COMO FAZER?

Planejar a comunicação (pessoal ou profissional) faz com que você se torne o líder dos assuntos propostos a seu respeito em um determinado período. É importante planejar, para liderar o processo, mas também reservar espaço para agilidade - prevendo que novas ideias e boas propostas podem surgir a qualquer momento. Depois de planejar "o quê", ou seja, sobre qual assunto você vai falar em determinado período, você poderá definir o "COMO" (por meio de quais ferramentas vai comunicar isso ao público desejado: textos, fotos, vídeos, posts, de forma tradicional ou informal, com arte, etc).

 

FALAS: Poucas coisas empoderam tanto um profissional quanto uma fala segura e fundamentada. A aparência poderá até impressionar, mas se você não sustentar isso com a fala, logo cairá em descrédito. Normalmente (em uma conversa) há pouco tempo para demonstrar potencial. Muitas pessoas falam sempre “as mesmas frases prontas”, algumas ficam nervosas e não falam nada, outras falam sem parar tentando ser demasiadamente “engraçadas”. A verdade é que, por não valorizarmos essa habilidade, acabamos cometendo muitas gafes e perdendo grandes oportunidades de realizar ou consolidar conexões importantes. Passe a observar como você fala: 

O que fala? Quais são as pautas que propõe? Como é o vocabulário? Que tipo de palavras usa? Como é o tom da sua voz? Fala muito alto / baixo / calmo / agressivo / sem emoção, muito agudo, muito grave. Como é o ritmo de fala? Rápido demais, ou muito lento? Há contato visual? Você olha para quem está falando, ou fala com as pessoas olhando o celular, o computador, a janela, etc. Você é expressivo (demais ou de menos)? Você consegue transmitir as emoções ou o quanto o assunto importa? Ou é inexpressivo? Em contrapartida, assusta por ser muito enfático? Precisa se conter um pouco?

Você ouve e consegue interagir ou fala sozinho? Você observa o que realmente as pessoas estão perguntando? Contempla as perguntas ou fica só "esperando o outro acabar" para continuar a fala? Você cria contrapontos inteligentes e estratégicos a partir das perguntas que foram feitas? Você é espirituoso e faz colocações pertinentes e originais ou fica repetindo jargões, frases prontas e brincadeiras ultrapassadas? Você sabe expor as próprias ideias? Você é capaz de dizer "não sei, vou pesquisar", ao invés de repetir o que "andam dizendo por aí?", ou seja, você é original? Você usa apoios vocais como ãn / né / daí / então... sem parar? Ou a fala é limpa e fluída contemplando pausas estratégicas? Você sabe a hora de parar? Ou precisa sempre ser interrompido? Use todas essas orientações para suas conversas pessoais e para suas “aparições” nas redes sociais, e observe o resultado. 

 

TEXTOS: Saber escrever é, antes de mais nada, saber organizar pensamentos. Em seguida, é preciso saber escolher um bom título. Se você tivesse que chamar a atenção para um tema, com poucas palavras, entre uma e cinco – quais seriam? Se você tivesse apenas um segundo para falar, o que diria sobre o assunto? Eis o título! Após o título vêm aquelas duas linhas de ideias que continuarão atraindo o leitor para o assunto – as “linhas de apoio”. Cuidado! Não repita o título, ou o que você vai falar logo em seguida, na abertura do texto. Faço algo novo. Algo interessante, algo instigante. Comece o seu texto com uma ilustração legal (conte uma pequena história), lance uma pergunta, proponha uma frase misteriosa, ou desafiadora, que vai acionar os neurônios do leitor logo no começo. Esse deve ser o clima das primeiras linhas. Depois disso, consolide toda a propaganda das ideias com bases robustas, apresente dados, argumentos convincentes, cite grandes autores, entregue os números das pesquisas, ou que você mesmo averiguou.

Nesse caminho, tempere as palavras com opinião (pode ser nas entrelinhas), de forma discreta, apenas para bons entendedores: fica bonito e interessante. Guarde o melhor para o final. O Gran Finale é aquela surpresa, aquela última pergunta, a informação nova, a ‘carta que se tira da manga’, e que vai fazer o leitor ficar com você em mente o dia todo. São essas últimas palavras que o farão sorrir sozinho, ou até, quem sabe chorar. São elas que despertarão a sensação quase verbalizada de “muito obrigada por ter escrito isso! ”. Antes de realmente concluir, releia. Você verá o que a sua mente é capaz de fazer ao repassar o caminho das ideias. Pronto. Eis o fascínio! Eis as palavras. Quem escreve, eterniza!

 

FOTOS: Se eu contasse para você quantas vezes eu já ouvi a expressão “eu não tenho fotos minhas boas”... você ficaria pasmo. Creio que escuto isso toda a semana! O pior é de quem se escuta: profissionais extremamente técnicos, metódicos e qualificados (em outras áreas que não a comunicação), que não admitem deslizes (de processos, de estratégia ou de entrega para o cliente), mas que, quando convidados para “aparecer” em algum produto de comunicação, enviam uma foto feita num momento de lazer, sem produção, sem luz, sem foco e (o pior) sem resolução! Isso é um forte indício do quanto nós, comunidade qualificada da humanidade, temos uma visão distorcida do que é, para que serve, e da importância da comunicação (seja interpessoal ou corporativa).

O fato de não se ter uma foto profissional (umazinha sequer) demonstra o quanto é preciso corrigir o mindset. Se você não possui um banco de imagens que ilustre a sua vida profissional, comece a pensar sobre isso. Reúna fotos que possam mostrar quem você é, o que faz, desde quando, por que, para quem, etc. Salve essas fotos em uma pasta chamada “Banco de Imagens” e tenha isso organizado e disponível (com as devidas informações e créditos) para quando você precisar disponibilizar rapidamente a um profissional de comunicação que lhe pedir o material (como, por exemplo, quando for convidado para dar uma entrevista ou para escrever um artigo que será publicado em um periódico).

Aqui será importante pesquisar com fotógrafos profissionais sobre como fazer boas fotos (enquadramento, luz, nitidez, produção, informação da imagem – se quiser fazer em casa com o celular). Mas, de verdade, para fotos de perfil profissional, é melhor realizar um ensaio semestral, em estúdio ou no local de trabalho, com um profissional (fotógrafo) de confiança. Lembre-se de se dedicar também à produção (postura, atitude, roupas, maquiagem) pois tudo comunicará. A isso também precisamos estar atentos (para a hora das poses): o que queremos comunicar com imagens? Programe quando você vai gerar o seu banco de imagens qualificado hoje mesmo!

 

VÍDEOS: Quando falamos em vídeo – que pode ser feito com um dedo no play e um celular ou por uma enorme equipe profissional – há quesitos que sempre poderão e deverão ser observados. Briefing: é importante pensar no propósito do vídeo, qual o objetivo com a ação, para quem ele é direcionado. Roteiro: como o vídeo será feito (em uma única tomada, com uma única câmera, em movimento) entre uma série de outros quesitos. Ângulo: vai ser de cima, de baixo, de lado, vou estar falando com alguém ou para a câmera? Texto: sempre escreva refletindo sobre o seu conteúdo antes de gravar. Escrever vai ajudar a organizar pensamentos, a saber o que dizer antes, durante e depois, a pensar numa introdução interessante e numa conclusão instigadora. Lembrando das lógicas do texto: introdução, desenvolvimento, ápice, conclusão. Produção: como você vai estar vestido na hora do seu vídeo? Que cor você vai usar? Como vai estar o cabelo? Vai portar assessórios? Vai gesticular? Vai estar em pé, sentado ou no chão? Edição e Finalização: hoje você pode fazer muitas coisas com o celular, mas, em se tratando de um trabalho qualificado, procure um profissional preparado para lhe fornecer a edição de vídeo, ou capacite-se para isso!

Agora você já sabe o básico para trabalhar com texto, imagens e recurso audiovisual. Assuma a liderança do seu processo de comunicação e observe os resultados se tornarem cada vez mais assertivos! Comunique mais e melhor e multiplique a sua influência!

 

CAROLINE PIEROSAN