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Caroline Pierosan

16/12/2020

Alimentamos Mentes?

“O mundo sem fronteiras tem fome de bom alimento: para o corpo e para a mente”

Se "nem só de pão" vivemos, como estamos alimentando a mente dos nossos clientes?

“Você acha que as pessoas preferem que lhes proporcionemos as coisas, ou que fiquemos conversando?”, questionou, o resignado político, muito criticado pela sua falta (ou, pode-se dizer, estilo) de comunicação. “Creio que pessoas que conseguem se comunicar, que se sentem ouvidas, e que têm inspiração, são capazes de enfrentar tudo, até as mais severas carências”, respondi, convicta. 

“Nem só de pão o homem viverá, mas de toda a palavra...”

Poucas frases na minha longa trajetória de leitora me chamaram tanta atenção. Do que é que se vive? Nem só de pão! Sendo pão, aqui, a representação de todas as coisas materiais que precisamos para nos sustentar (entre elas, o bom alimento). É compreensível que, num país em desenvolvimento, valorizemos mais “coisas” do que “palavras”. Talvez aí nasça a (errônea) percepção, de que ações, projetos, e profissionais de comunicação estão em “segundo plano”. Paralelamente a ela, esse imenso e gélido silêncio sobre o tanto que somos e sobre o muito que fazemos. 

O livro milenar há muito alerta, “nem só de pão”. Nem só de salários, bonificações e comissões vive uma equipe. Nem só de qualidade, utilidade, e preço vive um cliente. Todos, independentemente do lugar em que nos encontremos no ciclo produtivo, precisamos de palavras (artes, fotos, vídeos, etc). São esses os alimentos das mentes, almas e ímpetos. Onde nasce a vitória da guerra? Nas palavras do general! Se ele motivar seus soldados, se inspirar guerreiros, não haverá inimigo páreo. 

Como são transmitidas as palavras dos “nossos generais” hoje? 

A era da comunicação exponencial está aí, para escancarar nossos erros. O “pão” do momento é o conteúdo! “Quanto mais você gerar, mais venderá”, avisam todos os experts em marketing digital. Aí nós, empresários, profissionais liberais, e empreendedores de qualquer área, percebemo-nos, de repente, sem textos, sem fotos, e sem vídeos! Sem estratégia qualquer que leve ao mundo a nossa narrativa, nossos princípios e todo o valor do que oferecemos com nosso trabalho. Percebemos que ainda dependemos de contatos pessoais, (“cafés”, presos em tempo e espaço, reféns das raras sincronias de agendas) para efetuar uma venda, quando ela poderia estar acontecendo o tempo todo, on-line.

E quanto à equipe? Quanto temos investido em treinamento, capacitação e orientação de conduta dos nossos profissionais, espalhados pelos muitos canais de comunicação disponíveis? Qual o risco de “desmoronamento” de algum projeto (ou imagem) por postagens sem direcionamento, sem conexão alguma com a missão do negócio, justamente ali, na rede, onde todos “verão primeiro” ?

Se “nem só de pão” vivemos, como estamos alimentando a mente dos nossos clientes?

Na última edição 2020, destaco três matérias espetaculares. A defesa da alimentação saudável, argumento da Detella Restaurantes Empresariais que, há 30 anos milita pela causa; a defesa da educação para todos, bandeira da Unicesumar, que, igualmente há três décadas emancipa intelectualmente milhares de brasileiros pela proposta de ensino EAD, e a defesa da formação de profissionais de todas as áreas como comunicadores qualificados, bem como da composição de equipes de comunicação em todas as empresas, proposta feita por mim, em minha primeira experiência como entrevistada (depois de 18 anos entrevistando), com muito orgulho, pelo jornalista Manoel Valente (em vias de graduar-se como Comunicador Social). 

O mundo sem fronteiras tem fome de bom alimento: para o corpo e para a mente.

O que vamos fornecer?