Caroline Pierosan

É do ser humano ser competitivo. Não há nada de errado nisso. Mas até a competição pode ser bonita, ou feia, positiva ou destrutiva, enobrecedora, ou desmoralizante. Qual o mérito de ganhar uma competição feia, cheia de engodos, sem regras, onde simplesmente o mais forte leva a melhor, ou ainda, onde o mais maligno sai exaltado, deixando um rastro de trapaça e de “derrubados” pelo caminho? Não sei. No fim, de que adianta ser o destaque quando você mesmo sabe que não merecia aquilo? Um mundo assim é um pouco sem graça demais para o meu gosto. Agora, uma competição saudável, onde o melhor ganha porque jogou com mais precisão, porque se esforçou mais, porque foi mais ágil e mais inteligente, essa sim, dá gosto de observar e até, de participar! Esse é o campeão que temos orgulho de aplaudir. Considerando isso, podemos ser dois tipos de profissional - o que derruba os outros ou o que os levanta. Que perfil temos nós?

Vemos a mesquinharia impregnada em todos os tipos de interação humana, enraizada em todos os segmentos, entre “colegas” de todos os gêneros, desde o jardim da infância até o fim da vida. “Vamos odiar menos, que nesse mundo tem lugar para todo mundo”, afirmou a lindíssima empresária Márcia Costa, capa da nossa última edição (julho 2018), em seu pronunciamento para a plateia de cerca de 300 pessoas que prestigiaram a cerimônia de sua homenagem como Administradora do Ano 2018 conferida pela AANERGS. Gostei de ouvir! Acho que fez sentido! E imagino os motivos para tal pronunciamento! Para minha surpresa, nossa nova (e maravilhosa) capa (desta edição, setembro 2018) disse, em entrevista conosco, algo parecido, que também me inspirou. “Eu sou muito criticada por fazer algo totalmente novo e diferente no segmento em que atuo, mas quero sim chamar atenção, e fico feliz se me copiarem! Pois eu acredito no que falo e gosto de ditar tendências. Então quem quiser seguir o que praticamos, que venha conosco”, declarou Maristela Tomasi Chiappin, diretora da Rede Caminho do Saber, ao ser questionada sobre as críticas em relação ao seu trabalho diferenciado na área da educação.

É isso. Um ser nobre está mais preocupado em que o bem, o certo, o melhor prevaleça, do que apenas em enaltecer a si. Então quando este é o nosso foco, não há nada de errado em aplaudir de pé um concorrente, em dizer “me desculpe eu errei”, ou, ainda, ser livre para humildemente pedir “posso aprender algo com você”? Eu, particularmente, gosto de conviver com “melhores” do que eu – em todos os aspectos – melhores no esporte que eu pratico, melhores profissionais na minha área, mulheres mais bonitas, mais bem cuidadas e melhor sucedidas, esposas amorosas com relacionamentos mais longos que o meu, colegas da Universidade mais dedicados e responsáveis... Eu gosto de ver algo em que eu possa me inspirar! É velha a frase que alerta “se você é o melhor do seu grupo, você está no grupo errado”. Eu acredito nisso. Claro que reconhecer quando você é referência sempre é legal! Mas nada nem ninguém fica sendo referência para sempre sem humildade e sem uma busca constante por evolução. Portanto, mãos à obra – que destaque-se o melhor, mas o melhor de fato e não o que “derruba” mais pessoas.

Com esta nova edição, fica também a nossa proposta – que nossas vitórias (em todos os aspectos da nossa influência) sejam nobres, justas, leais, realmente por mérito, embelezando nosso caminho e contagiando nossos grupos de convívio com nossa presença e postura de luz. Apresentamos nossa edição de primavera com orgulho de termos mais uma mulher forte em nossa capa, com orgulho dos temas escolhidos e de todos os profissionais que assinam suas palavras propagadas pela NOI. Nosso muito obrigado, com humilde alegria! Convidamos à leitura de todos estes conteúdos de excelência, produzidos em conjunto e parceria com muitos dos melhores da nossa região. Uma ótima leitura e muita inspiração e sabedoria para sua concorrência diária, seja ela qual for!