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Clara Vargas

08/05/2018

Buscar Qualidade de Vida!

"Após perdê-la, ou para mantê-la?"

Quando nos referimos à qualidade de vida, estamos falando do resultado de bem-estar, saúde integral, e da sensação de realização, alcançados por indivíduos, por meio de uma série de estratégias organizadas em sua rotina diária, que os deixa em prontidão para lidar com as situações que o mundo apresenta

No meio organizacional voltado às questões humanas temos ouvido falar muito sobre qualidade de vida nos últimos tempos. O que percebemos, é que este conceito, muitas vezes distorcido em seu real significado, é colocado junto a uma série de estratégias de resgate de algo que jamais deveria ter sido perdido: nossa condição de lidar com o mundo e conosco! Quando nos referimos à qualidade de vida, estamos falando do resultado de bem-estar, saúde integral, e da sensação de realização, alcançados por indivíduos, por meio de uma série de estratégias organizadas em sua rotina diária, que os deixa em prontidão para lidar com as situações que o mundo apresenta; podendo ser estas positivas, agradáveis e de crescimento, ou desagradáveis, de estagnação ou geradoras de estados emocionais negativos. Estas estratégias deverão ser planejadas mediante a análise consciente de cada um sobre seus propósitos, o que realmente faz sentido nos ambientes que em que se está inserido, seus valores e crenças como sujeito, e, principalmente, mediante a capacidade de responsabilizar-se por seu próprio bem-estar, realização e saúde. Porém, o que visualizamos é uma tendência, ainda muito enraizada, de se pensar que este “resultado” depende de tudo aquilo que está fora de nós. Doce engano! Ou seria amargo?! Gosto muito de um ditado que fala: “Não é o que o mundo faz de você, mas o que você faz com o que o mundo faz de você!”.

Seguindo esta linha de raciocínio, não tenhamos a tentação de beirarmos a prepotência ou a arrogância de acreditarmos que tudo e todos estão sob nosso poder! Muito pelo contrário, se há algo sobre o qual não temos nenhum poder é sobre o que está fora de nós! Porém, quando nos tornamos conscientes de que, ao nos apropriarmos de nossa “condição de escolha” sobre a forma com que vamos responder aos acontecimentos, nossa relação com o mundo muda; podemos então começar a entender quais estratégias irão oportunizar a desejada qualidade de vida, e nos organizarmos para colocá-las em prática! Neste momento é importante pararmos para perceber qual crença orienta nossa atitude em relação à saúde e bem-estar. Acreditamos que esta qualidade de vida seja algo naturalmente “merecido” e somente quando ela faltar é que deveremos buscar as “ações / tratamentos” necessários para seu resgate? Ou acreditamos que a Qualidade de Vida desejada é resultado de ações previamente realizadas visando sua manutenção? A Qualidade de vida é percebida como recurso indispensável para sobrevivência e evolução, ou algo que somente é necessário após perdê-la?

Ter no dia a dia uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos e o fortalecimento das relações interpessoais, além de exercitar sistematicamente a espiritualidade, realizar psicoterapia para autoconhecimento e fortalecimento de si, entre outras estratégias, são cuidados preventivos e fortalecedores que comprovadamente mostram eficácia na manutenção das estruturas que um indivíduo precisará diariamente para enfrentar as questões que o mundo lhe apresentar, sem desgastes demasiadamente intensos. Sem estas estruturas fortalecidas, estes indivíduos poderão vivenciar os mais diversos tipos de adoecimentos, nos mais diversos níveis de expressão, quando naturalmente se relacionarem com o mundo e consigo. Como está sua rotina? Sua qualidade de vida está nas suas prioridades? Que tal colocá-la lá?

 

Raquele Mattos Collares, Psicóloga, MS. Psicologia Organizacional,

Coach e Consultora em Gestão de Pessoas,Professora Universitária