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Claudete M. Soares

13/01/2018

Sempre é Tempo de Mudar

“Quando a dor de não estar vivendo for maior que o medo da mudança, a pessoa muda”

Sempre é tempo de mudar

Mudanças são primordiais para o crescimento e desenvolvimento pessoal e podem ocorrer a qualquer momento, seja de forma planejada ou repentina. Elas nos desafiam a enfrentar as intempéries da vida e nos convidam a um olhar mais atento para nós mesmos e às inúmeras possibilidades de “florescer”. Na virada do ano (que coincide com o período de férias para muitos), reedita-se de um modo mais intenso as ideias de mudança. No Direito de Família, por exemplo, observa-se um aumento de pedidos de divórcio e demais ações correlatas. As pessoas não querem continuar se submetendo às mesmas frustrações, ao desamor e a tantas outras formas de desencanto que vinham experimentando. Querem iniciar o ano novo deixando para trás histórias de sofrimento, fazer as pazes com a vida, realinharem-se para trilhar caminhos mais amenos, leves e com novos propósitos e significados.

É bem verdade que vivemos tempos de rápidas mudanças sociais, culturais e familiares, mas temos que compreender que nem sempre essa velocidade é compatível com o tempo emocional das pessoas que, muitas vezes, não estão preparadas para as transformações necessárias no momento em que elas se apresentam. É por isso que acabam protelando tomadas de decisões, e investimentos em mudança, adiando-as para a semana seguinte, o próximo mês ou para o ano novo que desponta. Mudanças mais profundas geralmente requerem um processo difícil, lento e doloroso. Comumente resistimos seja por acomodação ou medo àquelas que tanto queremos ver ou que se mostram imprescindíveis em nossas vidas. Tememos, sobretudo, eventuais resultados negativos que possam tornar ainda mais complexos os nossos dias. Mas, como bem frisado por Abraham Maslow, “Há sempre a escolha entre voltar atrás para a segurança ou seguir em frente para o crescimento. O crescimento deve ser escolhido uma, duas, três e infinitas vezes; o medo deve ser superado uma, duas, três e infinitas vezes”.

Enfrentamentos podem, sem dúvida, ser amargos, pois implicam em alterar hábitos cristalizados e que, em um primeiro momento, irão desacomodar e gerar desconforto, mas poderão, também, indicar caminhos menos turbulentos, mais saudáveis e felizes. Por isso, sempre é tempo de redesenhar a nossa realidade com expressivas pinceladas de otimismo, cor e doçura. Liberar-nos do desconforto de uma vida sem sentido, de uma bagagem emocional negativa para uma nova com contornos mais positivos e mais suaves pode resultar em mudanças significativas e duradouras. O fato é que, quando estamos determinados e empregamos toda a nossa energia e força na mudança desejada, temos grandes chances de sermos bem sucedidos. Afinal, como nesta sábia frase atribuída a Sigmund Freud: “Quando a dor de não estar vivendo for maior que o medo da mudança, a pessoa muda.”