Eliane Boff

Até cerca de 20 anos atrás as aposentadorias eram calculadas com base nas últimas 36 contribuições ao INSS e era comum as pessoas começarem a se preocupar com isso por volta dos 45 ou 50 anos de idade, mas, atualmente, diante das tantas alterações de lei que ocorreram, a renda mensal da maioria dos benefícios do INSS é calculada com base nas contribuições vertidas de julho de 1994 em diante. Por isso é muito importante que os trabalhadores não deixem para se preocupar com a Previdência Social somente quando estão quase chegando ao tempo da aposentadoria ou por ocasião de doença ou morte. A falta de planejamento acaba prejudicando os segurados, uma vez que, ao contrário do que muitas pessoas pensam, não basta completar uma determinada idade para a garantia de uma aposentadoria, mas, sim, deve-se aliar a isto os requisitos do tempo de contribuição e valores contribuídos.

Algumas alterações de lei recentes ainda são desconhecidas dos segurados, como é o caso da opção do método de calculo feito mediante a aplicação do fator previdenciário ou da fórmula 85/95. O tempo de contribuição e a idade são fatores que influenciam consideravelmente. Às vezes, um ano a mais de contribuição representa um aumento de 25% no valor da aposentadoria. Quanto mais tempo de contribuição o segurado puder computar, maior será a sua aposentadoria. Por isso importante analisar junto a um especialista a possibilidade de reconhecimento de atividade especial e atividade rural para que o acréscimo obtido em tempo seja um aliado na hora do cálculo. Há também a aposentadoria para a pessoa portadora de deficiência, que pode reduzir em até dez anos o tempo de contribuição, além dos benefícios não programáveis, tais como: auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e a pensão por morte para os dependentes.

Cumpre referir que, além dos benefícios pagos pelo INSS, existe a aposentadoria dos servidores públicos que possui lei própria e também sistemas de previdência privada e complementar, que possibilitam um planejamento de mais uma renda na velhice e podem atuar como um seguro para eventos inesperados, como doença, invalidez e morte. Dessa forma, a vantagem de um planejamento previdenciário é a tranquilidade de manutenção da fonte de renda no momento em que acabam as forças de trabalho ou quando algum fato inesperado ocorre. Lembre-se que podemos planejar o futuro, mas não podemos alterar o passado.