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Iria Anschau

29/10/2019

Moda e Economia

Adaptar-se (sempre) é tendência

O mercado têxtil, naturalmente influenciado por tendências, está se ajustando também à "moda" ditada pela economia: adaptação Reinventar-se, mais do que iniciativa bem-vinda, é determinante para o mercado da moda

Ultra dinâmico: esse é o novo modelo de consumidor que vem surgindo, uma tendência a qual todos os setores devem prestar atenção. Conforme a World Global Style Network (WGSN), empresa especializada em previsão de tendências, e que traçou esse perfil, os ultra dinâmicos fazem compras em dispositivos móveis, precisam confiar nas marcas que consomem e se preocupam com mudanças climáticas, envelhecimento populacional, conexões humanas e economia do compartilhamento. Os desejos e hábitos dos novos compradores têm tudo a ver com as mudanças que a nossa economia vem sofrendo. Comportamento, consumo e tecnologia são variáveis que interferem nas tendências para qualquer área – no segmento têxtil, não poderia ser diferente. O cenário econômico e comportamento de consumo também alteram, um ao outro, constantemente.

Do lado econômico desse jogo, temos um mercado ainda confuso e turbulento, que causa insegurança, tanto para o investidor quanto para o consumidor. Mas há, aí também, mudanças importantes acontecendo. Aos poucos, cresce o otimismo em relação à atuação do novo governo na economia, a recuperação da confiança e a expectativa de o país tomar um novo rumo e gerar oportunidades para muitos. A recuperação poderá ser lenta – no contexto econômico, sabemos que nada acontece em um passe de mágica –, mas já há um movimento positivo, sentido por empresas e consumidores.

O mercado têxtil, naturalmente influenciado por tendências, está se ajustando também à “moda” ditada pela economia: adaptação. Estamos buscando novos caminhos para acompanhar o momento econômico que o Brasil está passando. O desafio de manter-se em atividade fez com que muitas empresas mudassem suas estruturas e processos. A redução de custos nos quadros operacionais passou a ser uma necessidade. Novas estratégias estão sendo adotadas: investe-se em pesquisas objetivas, análise de comportamento populacional, novos métodos de comercialização e tecnologia.

Reinventar-se, mais do que iniciativa bem-vinda, é determinante para o mercado da moda. Para o ministro da Economia, Paulo Guedes, o ritmo de crescimento pode dobrar no próximo ano: a expectativa é um crescimento acima de 2%. O novo modelo de consumidor que está surgindo serve de exemplo para as empresas que querem tê-lo como cliente. Para atender a esse perfil e, ao mesmo tempo, ajustarem-se às mudanças econômicas, as empresas, também, precisam ser ultra dinâmicas.