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Leonardo A. Marcon

11/03/2019

Nosso Desafio Com o Planejamento Estratégico

Além de manter a sua característica inovadora uma empresa precisa tomar ações baseada em fatos e números

"O negócio está crescendo consideravelmente e as perspectivas para os próximos anos são bastante positivas" A empresa passou a investir mais em imagem e divulgação, fazendo com que a marca subisse, degrau a degrau para um novo patamar Esse movimento exigiu uma melhor estruturação da empresa em todos os níveis: tático, estratégico e operacional

Desde os primórdios da Administração de Empresas que escutamos falar sobre o planejamento estratégico. Confesso que, pessoalmente, sempre tive a sensação de que se tratava de um tema voltado para algo “engessado”. Algo que, ao invés de contribuir para a evolução do negócio, apenas traria burocracia e acabaria atrapalhando mais do que ajudando. É claro que essas crenças também foram se consolidando a partir do que eu tenho vivido no meu dia a dia na empresa J.Marcon. Em nossos quase 70 anos de existência, pouco colocamos no papel os objetivos e metas, pois, por tratar-se de uma empresa familiar, com os diretores atuantes em todas as áreas, acabávamos por alinhar nossos objetivos pessoais com os da empresa, fazendo com que os rumos do negócio fossem facilmente ajustados, de forma simples e sem muita burocracia.

Isso funcionou muito bem até há alguns anos (e aqui abro um parêntese, pois ainda se aplica em algumas áreas até os dias atuais), pois a J.Marcon era uma marca conhecida por suas cadeiras e mesas de alta resistência, com boa qualidade e design único, ocupando uma considerável fatia do mercado naquela época. Nosso diretor (meu pai), alguns anos após a sua graduação em Administração de Empresas, cursou uma pós-graduação em Design de Produto, o que veio a contribuir (e muito) para os próximos anos da empresa. A sua busca incessante por inovação, fez com que, em uma de suas viagens à Itália, ele trouxesse um novo modelo de estruturação de cadeira, totalmente distinto do que o mercado brasileiro estava comprando. Após alguns ajustes realizados, o produto foi lançado e, como já se esperava, fez um grande sucesso, reposicionando a marca J.Marcon tanto no mercado interno, quanto no externo.

Após esse fato, outros produtos inovadores também foram lançados e a empresa passou a investir mais em imagem e divulgação, fazendo com que a marca subisse, degrau a degrau para um novo patamar. Esse movimento exigiu uma melhor estruturação da empresa em todos os níveis: tático, estratégico e operacional. Nesse momento, buscamos auxílio interno com a nossa equipe e externo com uma consultoria especializada, já que o negócio está crescendo consideravelmente e as perspectivas para os próximos anos são bastante positivas. O mercado está aquecido e a J.Marcon, principalmente no ano de 2018, conseguiu se consolidar no mercado de salas de jantar e complementos, tornando-se referência em algumas praças. Para concluir e voltar ao tema do título, eis então que surge o nosso desafio para 2019 e próximos anos, que é fazer com que esse planejamento realmente seja estratégico e, principalmente, que não seja engessado, possibilitando que a empresa possa, além de manter a sua característica inovadora, tomar ações baseada em fatos e números.