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Lu Fagherazzi

12/10/2017

Quem Paga a Conta?

“Regras de etiqueta servem para tornar a convivência entre as pessoas mais confortável e prazerosa”

"Regras de etiqueta servem para tornar a convivência entre as pessoas mais confortável e prazerosa"

          Imagine a cena: “Você sai para jantar com um grupo de casais, tudo parece ir muito bem até que um cônjuge resolve começar a falar mal do outro para você ou para a mesa toda, aí desfia o rosário sobre a relação, ressaltando evidentemente os aspectos negativos do seu parceiro a ponto de você lamentar muito não ter uma porção mágica que o faça simplesmente desaparecer.  Uma grosseria com o cônjuge alvo das reclamações e com você que ficou na maior saia justa. Mas a situação sempre pode piorar: os dois começam a se atacar verbalmente tornando a refeição um ringue e deixando os demais constrangidos, pois obviamente não querem tomar partido de ninguém. Quem nunca passou por algo parecido?  Todos nós, casados ou solteiros, precisamos de pessoas com as quais possamos nos abrir e falar sobre nossas questões pessoais, pode ser um amigo ou um terapeuta, mas fazer isso em público, expondo o outro, nunca será elegante, aliás é sinal de imaturidade emocional e falta de educação. Falando em casais em público, sejam homo ou héteros, também é muito deselegante quando um dos parceiros passa a elogiar os atributos físicos de alguém que está passando, muitas vezes deixando o outro constrangido. Sabe aquele sentimento de “vergonha alheia”? É interessante, apesar de constrangedor, perceber o quanto a relação do casal muitas vezes não está bem, e ao invés de falarem abertamente um com o outro sobre o assunto, no recôndito do lar, ficam se alfinetando publicamente. Resolve o problema? Não, só desperta sentimentos ruins inclusive em quem não tem nada a ver com a situação. Aproveito para revisitar algumas regras de etiqueta que ainda valem, apesar de algumas mulheres julgarem desnecessárias, pois acreditam que a mulher tem condições de fazer as coisas sozinhas. Não é o caso de parecer incapaz, mas de permitir-se ser cuidada e, por que não, bajulada.  Ao subir uma escada o homem deve ir atrás da mulher, assim pode ampará-la caso a mesma tropece ou caia, exceção feita se a escada estiver escura ou for em lugar perigoso. Na descida o homem vai na frente, pela mesma lógica. O mesmo vale para o caso de pessoas idosas, mesmo que acompanhadas por uma mulher, os idosos trem primazia. Ao entrar num lugar, como exemplo um restaurante, o homem abre a porta e deixa a mulher passar, a mulher deve abrir para um idoso ou alguém hierarquicamente superior. Ao cavalheiro cabe permitir que a mulher sente-se primeiro, e puxar a cadeira para ela é uma boa forma de demonstrar sua elegância. Cavalheiros ao entrar em espaços fechados, devem tirar o chapéu ou boné, sinal de respeito. Quem paga a conta? Reza a etiqueta que quem convidou pede e paga a conta. Se o convidado se oferecer para dividir cabe ao anfitrião aceitar ou não, importante é não ficar naquele cabo de guerra do “deixa que eu pago”. Se o anfitrião faz questão de pagar a conta, considere a situação resolvida e, se for o caso, retribua em outra circunstância. Em relações mais íntimas a questão deve ser combinada conforme as condições do casal. Regras de etiqueta servem para tornar a convivência entre as pessoas mais confortável e prazerosa, conhecê-las é o ponto de partida para poder escolher aplicá-las ou não.