Menu

Roberto Rabachino

14/05/2018

Agronomia ecológica

Produtividade, Estabilidade, Sustentabilidade e Equidade


Abriu-se um caminho, mesmo nas mentes e corações mais céticos

Ouvimos cada vez mais falar de agronomia ecológica, mas pouca clareza se tem a respeito desse argumento, sobretudo no que diz respeito a esta verdadeira filosofia de vida que vai além da modalidade de cultivo do campo. A definição mais genérica fala de uma aplicação dos princípios ecológicos na produção de alimentos, mas também de combustíveis, fibras têxteis, remédios, e outros. Existe hoje neste âmbito certa pluralidade de entendimentos, que conferem dignidade científica para uma modalidade de trabalho que até poucos anos atrás era ignorada e posta à margem do mundo acadêmico. De fato a agronomia ecológica não está ligada a nenhum método especifico de cultivo, nem tampouco é definida por especificas praticas de gestão, porém representa uma visão multidisciplinar que não rejeita o uso da tecnologia, combinando-a com os recursos naturais, sociais e humanos no intuito de encontrar uma justa harmonia com a natureza em que está inserida. Mas então o que é? Se quisermos mesmo reduzir a poucas questões elementares esta complexa metodologia, poderíamos dizer que cabe nela qualquer atitude teórica ou prática que visa subverter o modelo de desenvolvimento tradicional, assumindo caráter autossustentável e alternativo no estudo e gestão do sistema agronômico. O interesse foi aumentando cada vez mais por causa da urgência e do impacto ambiental de problemas como as mudanças climáticas ou a necessidade de combater a fome de populações cada vez maiores que correm o risco de exaurir os recursos alimentares fundamentais até 2050, de acordo com certas previsões mais alarmistas. Diante da substancial falência da agricultura de tipo industrial, abriu-se um caminho, mesmo nas mentes e corações mais céticos, e nasceu a vontade de confiar num modelo de cultivo diversificado, produtiva e socialmente mais justo. Podemos afirmar que a agronomia ecológica funciona em três níveis: o primeiro prevê o estudo do sistema agrário em seus componentes fundamentais, solo, água, biodiversidade e vegetal, mediante diferentes métodos incluindo técnicas tradicionais, agricultura orgânica e biodinâmica. Não existe aqui uma recusa nítida à tecnologia, como já dito acima, mas uma aplicação virtuosa em conjunto com tradições antigas, com a finalidade de conectar entre si os quatro pilares do sistema agronômico, ou seja, produtividade, estabilidade, sustentabilidade e equidade. Em um segundo nível se opera no plano socioeconômico, com uma nova visão que tenta integrar cidade e campo, prevendo o retorno, sobretudo dos jovens à vida campestre, mediante a introdução de novas ideologias sociais e políticas: pensemos na ideia da distribuição de produtos diretamente pelo canal produtor / consumidor, para citar um exemplo dos mais comuns, mas, sobretudo na parte Sul do mundo, a agronomia ecológica assume um aspecto nitidamente político, em termos de justiça social e econômica, como por exemplo na defesa das culturas e dos cultivos tradicionais dos povos indígenas, e esse representa o terceiro e último nível.

 

Versão em Italiano

 

Agronomia ecologica: produttività, stabilità, sostenibilità ed equità

Sentiamo sempre più spesso parlare di agronomia ecologia, ma poca chiarezza vige su cosa sia realmente e in cosa consista questa vera e propria filosofa di vita che va ben oltre le modalità con cui si coltivano i campi agricoli. La definizione più generica vede un’applicazione dei principi ecologici alla produzione di alimenti, ma anche carburante, fibre, farmaci, nonché alla gestione di agrosistemi, ma al suo interno si segnala una vasta pluralità di approcci, che oggi conferiscono dignità scientifica ad una modalità di pensiero che fino a non troppi anni fa era ignorata e marginalizzata dal mondo accademico. Di fondo l’agronomia ecologia non si lega a nessun particolare metodo di coltivazione, né è definita da una specifica pratica gestionale, ma rappresenta un approccio multidisciplinare che non disdegna nemmeno l’utilizzo delle tecnologie, combinandole con le risorse naturali, sociali ed umane al fine di trovare una giusta armonia con la natura circostante. Ma allora che cos’è? Se volessimo proprio ridurre ad unità elementari questa complessa metodologia, potremmo dire che rientra in essa qualsiasi attività teorica e pratica che rovescia il modello di sviluppo vigente, caratterizzandosi quale un paradigma sostenibile e alternativo nello studio e nella gestione degli agrosistemi. L’interesse è andata aumentando sempre di più di fronte all’urgenza e all’impatto ambientale di problemi quali i cambiamenti climatici o la necessità di sfamare una popolazione sempre più elevata di numero, e che rischia di ritrovarsi senza risorse alimentari fondamentali entro il 2050, secondo alcune previsioni allarmistiche. Dinanzi al sostanziale fallimento dell’agricoltura di tipo industriale, si è fatta strada anche nel cuore e nella mente dei più scettici la volontà di affidarsi ad un modello di coltivazione diversificato, produttivo e socialmente giusto. Possiamo dire che l’agronomia ecologia funziona su tre livelli: il primo prevede lo studio degli agrosistemi e delle sue componenti fondamentali, suolo, acqua, biodiversità animale e vegetale, mediante una pluralità di metodi quali tecniche tradizionali e l’agricoltura biologica e biodinamica. Non vi è un rifiuto netto della tecnologia, come detto in precedenza, ma un’applicazione virtuosa in connubio con i saperi antichi, al fine di interconnettere i quattro assi degli agrosistemi, ovvero produttività, stabilità, sostenibilità ed equità. Ad un secondo livello opera sul piano socio-economico, all’interno di un nuovo e fecondo rapporto tra città e campagna, che prevede il ritorno soprattutto giovani alla vita contadina, e a nuove ideologie sociali e politiche: pensiamo all’idea della distribuzione dei prodotti a chilometri zero, per fare un esempio tra i più comuni, ma soprattutto nel Sud del mondo l’agronomia ecologia assume contorni esplicitamente politici, in termini di giustizia sociale ed economica, come ad esempio nella difesa delle colture tradizionali delle popolazioni indigene, e questo rappresenta il terzo ed ultimo livello.