Menu

Roberto Rabachino

08/05/2019

As Propriedades Saudáveis do Vinho

Os polifenóis, de poder antioxidante, contrastam o envelhecimento das células e as patologias cardiovasculares e tumorais

Não há nenhum outro alimento no mundo similar ao vinho, considerando do ponto de vista estritamente médico: saudável quando consumido em quantidade moderada, prejudicial quando abusamos

Não há nenhum outro alimento no mundo similar ao vinho, considerando do ponto de vista estritamente médico: saudável quando consumido em quantidade moderada, prejudicial quando abusamos. De acordo com alguns letrados da antiguidade o seu étimo era originário da palavra latina “vis”, ou seja, força, porque uma de suas funções especificas era aquela de “acrescentar ao corpo e à alma força e robustez”. Platão aconselhava beber vinho em quantidades crescentes com o avançar da idade, para afugentar eventuais tristezas próprias da velhice. Hipócrates (IV século a.C.), um dos mais eminentes médicos da antiguidade, prescrevia vinho para curar as feridas, como bebida com propriedade nutriente, antitérmica, purgante e diurética. Galeno (II século d.C.) fazia grande uso de ervas medicinais, foi graças a difusão de sua obra em época bizantina, que o uso medicinal do vinho ajudou a preservá-lo da queda do Império Romano do Ocidente. A recomendação galênica de recorrer ao vinho para as feridas, para revigorar físicos debilitados e como antitérmico, foi amplamente seguida na Europa medieval, sobretudo entre os monges e os Cavaleiros Hospitaleiros. Mas foi o “Liber de Vinis” de Arnaldo da Villanova (XIII séc.) que estabeleceu com firmeza o uso do vinho como sistema terapêutico reconhecido. Entre a ampla lista de seus medicamentos, o Villanova enaltecia as qualidades antissépticas e corroborantes do vinho e aconselhava seu uso para aplicação em emplastres. Durante todo o período medieval o vinho foi um dos poucos líquidos capazes, por causa de seu conteúdo alcoólico, de dissolver e mascarar o sabor das substâncias consideradas curativas pelos médicos da época. As Teriacas (ou Teriagas ou Triagas), espécies de vinhos medicinais utilizados como antídotos na farmacologia antiga, adicionados dos mais variados ingredientes, tais como raízes, folhas, flores etc., entraram assim em uso para as aplicações mais diversas. De acordo com a ciência contemporânea, os efeitos terapêuticos mais reconhecidos no vinho, desde que consumido em doses moderadas (2 a 3 taças por dia), são aqueles devidos a um grande grupo de substâncias, os polifenóis, presentes sobretudo no vinho tinto. Esses polifenóis, de poder antioxidante, contrastam o envelhecimento das células e as patologias cardiovasculares e tumorais.

 

Versão em Italiano:

 

Non c'è nessun alimento al mondo simile al vino, considerato da un punto di vista strettamente medico: salutare se assunto in moderate quantità, dannoso se consumato con abuso. Secondo alcuni letterati dell'antichità il suo etimo era ricollegabile alla parola latina "vis", ossia forza, perché una delle sue funzioni specifiche era quella di "accrescere il corpo e l’animo di forma e robustezza".  Platone consigliava di bere vino in quantità crescenti con l'età, per lenire qualsiasi tristezza propria della vecchiaia.  Ippocrate (IV sec. a.C.), uno dei più eminenti medici dell’antichità, lo prescriveva per curare le ferite, come bevanda nutriente, antifebbrile, purgante e diuretica. Galeno (II sec. d.C.) faceva grande consumo di vini medicinali, e fu grazie alla diffusione delle sue opere in epoca bizantina, che l’uso del vino come medicinale riuscì a sopravvivere al crollo dell’Impero Romano d’Occidente. La raccomandazione galenica di ricorrere al vino per le ferite, per rinvigorire i fisici debilitati, e come febbrifugo venne ampiamente seguita nell’Europa del Medioevo soprattutto da monaci e Cavalieri Ospitalieri. Ma fu il “Liber de Vinis” di Arnaldo da Villanova (XIII sec.) a stabilire con fermezza l’uso del vino come sistema terapeutico riconosciuto. Fra l’ampia lista dei suoi usi medicamentosi, il da Villanova ne sottolineava le qualità antisettiche, corroboranti e ne consigliava l’uso nella preparazione degli impiastri.  Per tutto il periodo medioevale il vino fu uno dei pochi liquidi capaci, per effetto del suo contenuto alcolico, di sciogliere e nascondere il sapore delle sostanze ritenute curative dai medici dell’epoca. Le “teriache” una sorta di vini medicati, entrarono così in uso per le affezioni più diverse.  Secondo la scienza contemporanea gli effetti terapeutici più eclatanti del vino, se assunto in dosi moderate (2-3 bicchieri al giorno), sono quelli dovuti ad un vasto gruppo di sostanze, i polifenoli, presenti sopratutto nel vino rosso. Queste, dal potere antiossidante, contrastano l’invecchiamento cellulare e le patologie cardiovascolari o tumorali.