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Roberto Rabachino

08/05/2018

Um Olhar à China do Vinho

“Poucos sabem que a demanda interna de vinho na China teve um aumento de cerca de 2.600% por cento entre 2000 e 2017”

A China decidiu transformar-se (também) numa potência vinícola

A China decidiu transformar-se (também) numa potência vinícola. Especialmente, e cada vez mais, interessada em fazer com que seus rótulos consigam se posicionar nos mercados internacionais como vinhos de prestigio, não como opções de baixo custo que só encontrariam mercado nos atacadões e discount mundo afora. O Partido comunista chinês está convencido que investimentos pesados na implantação de novos vinhedos podem mudar radicalmente o panorama agreste daquele país. O plano de governo é muito claro: além da viticultura ser mediamente muito produtiva, os vinhedos podem contribuir ao crescimento de outras maneiras: permitindo à China vender vinho de qualidade (aumentando portanto não apenas as exportações, mas também o prestigio do país), aumentar a oferta no mercado interno, onde a procura por bons rótulos está em alta, alem de justificar investimentos estruturais em novas áreas onde, justamente graças aos vinhedos, poderá se desenvolver um turismo de fácil acesso. Enfim, as novas “estradas do vinho” chinês inevitavelmente trarão bem estar nas áreas rurais pelas quais passarão. Poucos sabem que a demanda interna de vinho na China teve um aumento de cerca de 2.600% por cento entre 2000 e 2017. Um aumento enorme, que levou o mercado à marca recorde de quase 29 bilhões de dólares em valor, com tendência a crescer muito mais, haja vista que o consumo per capita é muito abaixo de dois litros (nada se comparado aos 50 litros dos franceses). De resto, na China, o vinho é um bem de consumo para poucos. Pequim percebeu há tempo as potencialidades do setor no país, tanto que a China já se tornou o sétimo maior produtor de vinho do mundo, atrás apenas da Espanha em área plantada. As regiões especializadas em vinho são pelo menos umas doze mas, para o Partido, parece ter chegado o momento de fazer um salto de qualidade. Ningxia é uma região do norte da China situada na divisa com a Mongólia. Em poucos anos virou a flor na lapela da indústria vinícola do Reino do Meio. O motivo? Um grupo de consultores europeus contratados pelo Governo chinês, a indicou como a zona que reúne as melhores condições para videira prosperar, graças ao clima continental, altitude média, terreno rochoso e arenoso, e clima seco. Hoje na região de Ningxia concentram-se centenas de vinícolas que produzem sobretudo garrafas de Cabernet Sauvignon e Chardonnay. E, segundo os críticos, o padrão de qualidade não fica tão distante dos vinhos franceses ou italianos...! 

 

Versão em Italiano

 

La Cina ha deciso di trasformarsi (anche) in una potenza vinicola. E in particolare pare sempre più interessata a fare in modo che le bottiglie cinesi riescano a posizionarsi sui mercati internazionali come vini pregiati, non come bottiglie di bassissimo livello vendibili solo nei discount. Il Partito comunista cinese è convinto che investimenti massicci in vigneti possano radicalmente trasformare le campagne del paese. Il piano governativo è molto chiaro: oltre ad essere un tipo di coltivazione mediamente molto produttiva, i vigneti possono contribuire alla crescita in molto modi: permettendo alla Cina di vendere vini di buona qualità (incrementando quindi non solo le quote di esportazioni ma anche il prestigio del paese), di aumentare l'offerta sul mercato interno, dove la domanda di vino è in aumento, e di giustificare nuovi investimenti infrastrutturali in aree che, proprio grazie ai vigneti, possono essere trasformate in destinazioni turistiche facilmente accessibili. Infine, le nuove "strade del vino" cinese inevitabilmente porteranno nuovo benessere nelle aree rurali che attraverseranno. Pochi sanno che la domanda di vino sul mercato cinese è aumentata niente meno che del 2600 per cento tra il 2000 e il 2017. Un incremento enorme, che ha portato il mercato ad assestarsi poco al di sotto dei 29 miliardi di dollari di valore, e che è destinato a crescere ancora moltissimo visto che il consumo di vino pro capite è ancora ben al di sotto dei due litri a persona (nulla confronto ai quasi 50 della Francia). Del resto, in Cina il vino resta un bene di consumo di nicchia. Pechino si è resa conto da tempo delle potenzialità del settore nel paese, tant'è che è già diventata il settimo produttore di vino su scala mondiale, seconda solo alla Spagna per la quantità di terreni occupati da vigneti. Le regioni specializzate in vino sono almeno una dozzina, ma per il Partito sembra essere arrivato il momento di fare un salto di qualità. Ninxia è una regione che si trova nel nord della Cina, al confine con la Mongolia Interna. In pochi anni è diventata il fiore all'occhiello dell'industria vinicola del Regno di Mezzo. Il motivo? Un gruppo di consulenti europei ingaggiati dal Governo cinese l'ha indicata come la zona con le condizioni migliori per far prosperare i vigneti, grazie al suo clima continentale, altitudine media, terreno roccioso e sabbioso, e aria secca. Oggi nella regione di Ningxia si concentrano centinaia di aziende vinicole che producono prevalentemente bottiglie di Cabernet Sauvignon e Chardonnay. E a sentire gli esperti sarebbero quasi al livello dei vini francesi e italiani…!